Rio - A ex-governadora Rosinha Garotinho deixou a Cadeia Pública de Benfica, na Zona Norte do Rio, na madrugada desta quinta-feira. Com um ventilador na mão, ela saiu acompanhada de seu advogado, Carlos Azeredo, e encontrou a filha Clarissa Garotinho na porta da penitenciária. Ela chegou em seu apartamento, no Flamengo, Zona Sul, por volta de 00h40.
De acordo com a decisão dos desembargadores do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), aprovada por unanimidade nesta quarta-feira, Rosinha será monitorada por uma tornozeleira eletrônica e terá que ficar em casa após às 22h. Além disso, a ex-governadora não poderá deixar o Rio.
Na mesma decisão, o TRE negou, de forma também unânime, a liberdade para o ex-governador Anthony Garotinho, marido de Rosinha. Eles são acusados de integrar esquema de arrecadação de propina, com direito a braço armado e acordo político com o Partido da República (PR), para garantir eleições da legenda. O grupo JBS teria irrigado a estrutura com contrato fraudulento de R$ 3 milhões.
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"Ela trabalha na Rádio Tupi, então tem que ficar no Rio. É uma vitória porque Rosinha e Garotinho são perseguidos", afirmou o advogado do casal, Carlos Azeredo, que irá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para pedir a liberdade de Garotinho. Também pedirá a Corte superior que revogue as medidas restritivas impostas à Rosinha pelo TRE.
Em relação a Garotinho, a desembargadora Cristiane Frota alegou, em seu voto, que "as medidas cautelares diversas da prisão não se mostram suficientes para resguardar a adequada e necessária instrução criminal". Rosinha e Garotinho foram presos, dia 22, pela Polícia Federal na operação batizada de Caixa D'Água.