Por karilayn.areias

Rio - A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), localizada em Volta Redonda, no Sul Fluminense, foi notificada por órgãos ambientais e pode encerrar as atividades em até dez dias. A medida foi determinada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a Secretaria Estadual do Ambiente (SEA) e a Comissão Estadual de Controle Ambiental (Ceca). Segundo as pastas, a CSN não cumpriu todas as obrigações de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) ligado a questões ambientais. 

Ainda de acordo com a notificação, a companhia terá que apresentar um cronograma de encerramento das operações da unidade no prazo de dez dias. Procurada, a CSN informou que recebeu a notificação dos órgãos ambientais estaduais com "profunda surpresa e estranheza, uma vez que a Companhia está em franco processo de negociação com o Governo do Estado do Rio de Janeiro sobre o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), atualmente em vigor."

A CNS também disse que "uma auditoria independente, aceita pelas autoridades ambientais, atestou que dos 15 itens compromissados no TAC, 12 foram cumpridos integralmente, dois foram considerados procedimentos de rotina, que precisam ser feitos de forma permanente, e apenas um permaneceu em análise, diante da discussão técnica levada ao Judiciário, com decisão liminar favorável à Companhia." A empresa disse ainda que irá recorrer da decisão para "assegurar a manutenção de suas atividades."

Em 2015, O DIA fez uma reportagem sobre os moradores de Volta Redonda que protestavam contra a poluição causada pela CSN. Na ocasião, moradores de bairros da cidade atingidos pela poluição emitida pela empresa, entregaram ao Ministério Público Federal (MPF) do município sacos de pó preto contendo metais ferrosos. O material faz  parte de 30 quilos de fuligem recolhidos em cinco ruas do bairro Jardim Cidade do Aço em apenas 15 dias e foi anexado à ação civil pública ajuizada na Justiça Federal contra a empresa por danos à saúde da população e ao meio ambiente


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