Preso há um ano, junto com Cabral, ele negou ter recebido valores da Carioca Engenharia - confirmou apenas a propina da Andrade Gutierrez, referente a obras do PAC da Favela de Manguinhos. Ele afirmou não ter criado a taxa, apenas a implementado, a mando do então secretário de Governo de Cabral, Wilson Carlos. Braga afirmou ter entendido que Cabral concordava com a cobrança.
"Ele Wilson Carlos não disse quem criou a cobrança. Eu sou o técnico, estava gerenciando um projeto, talvez se não fizesse, não ia mais gerenciar. Meu erro foi ter acatado isso. Mas não pedi, não criei. Entendi que era uma coisa institucionalizada. Não fui consultado se estava de acordo ou não. Eu não instituí, fui orientado a fazer", afirmou Braga.
Na audiência, ele agradeceu ao juiz Bretas a mudança de data do depoimento de modo que ele pudesse prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) na cadeia. Bretas disse que ele não precisava agradecer, pois era um direito dele.
Braga afirmou que sua proximidade no governo estadual não era com Cabral, mas com o vice-governador e secretário de Obras que o antecedeu, Luiz Fernando Pezão (PMDB) - hoje governador, na sucessão de Cabral. "Eu nunca fui ligado ao governador Sergio Cabral. Eu vim para o governo pelo secretário de Obras, Luiz Fernando Pezão. Ele era o secretário, e eu, o subsecretário. Vim a ter mais contato com Cabral no segundo governo, a partir de 2011, quando assumi a Secretaria de Obras".