Por marlos.mendes

Rio - O vice-prefeito do Rio e também secretário de Transportes, Fernando Mac Dowell, afirmou, nesta sexta-feira, que não haverá aumento da passagem de ônibus em janeiro de 2018 e declarou que a prefeitura está “mexendo muita coisa” sobre as condições dos ônibus na cidade.

Marcelo Crivella e o vice-prefeito do Rio, Fernando Mac DowellDivulgação

Tradicionalmente, a tarifa é reajustada nos primeiros dias de janeiro. Em cerca de dois meses, a passagem dos ônibus municipais do Rio foi reduzida em R$0,40 por determinações judiciais.

Sobre as condições dos ônibus na cidade, Mac Dowell comentou em entrevista ao RJTV que estão “fazendo um aperto em cima” para mudar as condições do transporte na cidade, como a redução das tarifas consideradas impróprias e a volta do transporte das crianças.

O vice-prefeito ainda foi questionado sobre a polêmica da sua dívida de IPTU. Sua filha tentou impedir que Mac Dowell respondesse, mas ele acabou afirmando que está tudo resolvido “há muito tempo”. No começo do ano ele devia mais de R$ 200 mil em IPTU de uma casa na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.  

A Secretaria Municipal de Transportes ressaltou, em nota, que a questão tarifária está judicializada e informa que o vice-prefeito e secretário Fernando Mac Dowell sempre se posicionou contra aumentos abusivos da passagem e luta por uma tarifa justa desde o início da gestão. A conclusão da auditoria servirá de base para ajudar a definir o valor da passagem.

Também em nota, a Rio Ônibus dise que "vê com perplexidade o prefeito do Rio de Janeiro ser desautorizado por seu vice e secretário municipal de Transportes em relação ao reajuste anual da tarifa, previsto no contrato de concessão". Confira:
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"No último dia 5, o prefeito Marcelo Crivella determinou que uma empresa independente conclua um estudo técnico em andamento para definir o valor justo da tarifa. O vice-prefeito e secretário municipal de Transportes Fernando MacDowell estava presente.
No último dia 11, em audiência na Justiça, a Prefeitura se comprometeu a calcular o reajuste da tarifa com base na fórmula descrita no contrato de concessão. O senhor MacDowell também estava presente.
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Declarações intempestivas e tendenciosas como esta enfraquecem o diálogo recentemente aberto entre o setor e a Prefeitura; e evidenciam a falta de responsabilidade da atual gestão municipal de transportes ao tratar do sistema de ônibus, que transporta 4 milhões de pessoas por dia e emprega 40 mil trabalhadores.
Ao mesmo tempo em que reiterou ao prefeito Crivella a total disponibilidade para colaborar com qualquer estudo independente, seja para calcular o reajuste da tarifa ou o reequilíbrio do contrato de concessão, o Rio Ônibus espera que a questão seja tratada com a devida seriedade e transparência pela Secretaria Municipal de Transportes.
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A tarifa do Rio, congelada em janeiro de 2017 pela Prefeitura, sofreu nos últimos meses duas reduções determinadas pela Justiça. Além disso, contribuem para a defasagem o fato de que metrô, trens e barcas tiveram as passagens reajustadas, exceto os ônibus; e que a tarifa atual é a menor que a de capitais como São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre.
Conforme vem sendo alertado pelo Rio Ônibus, se a defasagem da tarifa não for revertida, é iminente o risco de colapso do sistema, com fechamento de empresas (11 em alto risco atualmente), desemprego de rodoviários e piora gradativa na qualidade do serviço, prejudicando a população."
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