O padrinho, Edson Aquino, reafirmou a versão e se disse indignado. "Escutamos de casa um tiro e logo veio a notícia que o Bope matou o Guilherme. A bermuda dele estava arriada, no mínimo os policiais tentaram tirar para incriminá-lo. Nunca tinha acontecido nada parecido com familiar nosso na Rocinha, só víamos os casos, como do Amarildo. Estamos indignados e arrasados, era um menino de 15 anos", defendeu.
A mãe de Guilherme também contou que, ao buscar o corpo do filho mais velho, perguntou do celular que estava em seu bolso e os militares responderam que nada tinha sido achado, o que contraria a versão da corporação. "Perguntei aos policiais sobre o telefone que ele levava e eles disseram que não tinham encontrado nada, que meu filho estava limpo", disse Luana.
Segundo ela, os policiais ainda apontaram uma arma em sua direção para não deixá-lá chegar perto do filho e afirmaram que se tivessem que carregá-lo, arrastariam pelas escadas. "Questionei sobre descerem o corpo da comunidade e eles disseram que arrastariam pelas escadas. Então levei com o padrinho dele. Amarramos em um cobertor e carregamos enrolado na porta da geladeira", lamentou.
A Polícia Militar informou, em nota, que policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) encontraram o corpo de um suspeito após confronto com criminosos na comunidade e que, além da bermuda com os dizeres da quadrilha de Rogério 157, foi encontrado um fuzil AK-47 com o jovem. A Delegacia de Homicídios (DH) investiga o caso.