Prefeitura de Angra dos Reis colocou cartazes de conscientização sobre a vacinca nos acessos à Ilha - DIVULGAÇÃO
Prefeitura de Angra dos Reis colocou cartazes de conscientização sobre a vacinca nos acessos à IlhaDIVULGAÇÃO
Por GUSTAVO RIBEIRO

Rio - Foi confirmada como febre amarela a causa das mortes de dois chilenos que visitaram a Ilha Grande, em Angra dos Reis. Um terceiro turista do país foi contaminado na ilha e está em tratamento, informou a Embaixada do Chile no Brasil. Já o município de Vassouras teve o primeiro óbito registrado ontem. Com esses casos, subiu para 37 o número de mortes pela doença no Rio em 2018, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde. Angra é a cidade que concentra a maior quantidade (nove).

Os chilenos Felipe Santander, 35, e Ernesto Faúdez, 20, morreram no Hospital Federal dos Servidores do Estado, no Centro do Rio. Felipe faleceu na sexta-feira e Ernesto, na terça. O terceiro chileno, identificado como Alex Ribeiro, 25, está internado em estado estável também no Servidores, afirmou o embaixador do Chile no Brasil, Jaime Mujica. Os turistas não viajavam juntos.

Moradora da Ilha Grande, a adolescente Stephanie Queiroz, 17, morreu no Hospital dos Servidores na segunda-feira. A Prefeitura de Angra informou que ela contraiu febre amarela, mas o Estado ainda não confirmou a causa da morte.

Na terça-feira, o governo da Argentina divulgou que um morador de Buenos Aires, de 28 anos, que passou férias na Ilha Grande e não estava vacinado, foi o primeiro caso de infecção por febre amarela 'importada'. Ele apresentou sintomas em 12 de fevereiro, foi diagnosticado em seu país, mas passa bem. O Ministério da Saúde argentino intensificou nas redes sociais orientações sobre a necessidade de se vacinar 10 dias antes de viajar. A MSC Cruzeiros cancelou duas escalas de um transatlântico na Ilha Grande, assim como todas as excursões no local.

O presidente da TurisAngra (Fundação de Turismo de Angra dos Reis), João Willy, está preocupado com turistas estrangeiros que viajam para o Rio de Janeiro sem a imunização. "Existe uma dificuldade de conseguir a vacina em alguns países, como a Argentina. Estamos pleiteando junto ao Ministério do Turismo para reforçar às companhias de turismo a necessidade de alertar sobre a imunização e para que o turista que vem de fora tenha facilidade de receber a vacina", ressaltou. Cartazes de conscientização foram fixados nos acessos à Ilha.

A Embratur não planeja novas ações para alertar turistas. O órgão afirmou que não há restrição a viagens no Brasil e que, no início do ano, orientou as embaixadas a recomendar a vacinação, se fossem procuradas.

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