Marlon Andrade, de 10 anos, foi atingido por uma bala na cabeça enquanto brincava no quintal de casa - Reprodução/Facebook
Marlon Andrade, de 10 anos, foi atingido por uma bala na cabeça enquanto brincava no quintal de casaReprodução/Facebook
Por O Dia

Rio - O corpo de Marlon de Andrade Domingues, de 10 anos, está sendo velado desde o final da noite de domingo na Associação de Moradores do Morro do Cantagalo, na Zona Sul do Rio. O menino foi morto após ser baleado na cabeça, no último sábado, na comunidade. Ele será enterrado às 12h desta segunda-feira, no Cemitério São João Batista, em Botafogo.

No final de sábado, um menor de 17 anos foi apreendido acusado de ser o dono da arma que matou a criança. O adolescente chegou a ser agredido por moradores da favela e foi socorrido por militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Pavão-Pavãozinho. Machucado, ele prestou depoimento na 12ª DP (Copacabana) e depois foi levado para o Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon. Assim que recebeu alta médica o suspeito foi encaminhado para a Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA).

Não é a primeira vez que o adolescente se envolve em algum tipo de crime. Segundo a 13ª DP (Ipanema), o suspeito já teve passagens por trocar tiros com policiais da comunidade e já foi apreendido por crime análogo a roubo. A delegada Cristiana Bento, responsável pelo caso, disse que o menor confessou que carregava uma arma. Ele disse que foi até a laje onde o menino soltava pipa e que o garoto tentou pegar a arma dele, que disparou "acidentalmente", acertando a cabeça da vítima.

A polícia apreendeu também uma pistola calibre 9mm com nove cartuchos. "Ele também confessou que faz parte do tráfico de drogas do Pavão-Pavãozinho", afirma a delegada. O adolescente tinha passagem pela polícia no ano passado por roubos a pedestres na orla de Copacabana com outros adolescentes. "Na época ele foi apreendido, ficou na internação e voltou a delinquir de forma mais grave", acrescenta a responsável pela investigação.

Nesta segunda-feira adolescente será encaminhado ao Ministério Público, que fará a apresentação dele perante a Vara da Infância de Juventude.

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