Rio - Um homem suspeito de participar de um esquema fraudulento no fornecimento de fraldas para o governo do estado foi preso nesta sexta-feira. De acordo com a Delegacia de Capturas da Polinter (DC-Polinter), Altomir Regis da Cunha superfaturava as fraldas geriátricas em mais de 225%, na gestão da ex-governadora Rosinha Garotinho.
Segundo a especializada, Altomir, além de ser vice-presidente da Associação dos Homens de Negócio do Evangelho Pleno (Adhonep), também é presidente da "Aloés Indústria e Comércio Ltda".
Ele estava foragido desde novembro do ano passado, quando o processo em que ele está como réu no crime de sonegação fiscal, foi suspenso e sua prisão preventiva foi decretada.
A defesa de Altomir informa que ele não foi investigado sobre o referido esquema de fornecimento de fraldas, sendo tal fato inverídico.
Esclarece que o pastor foi preso em 23 de fevereiro de 2018, ao comparecer a um posto do Detran-RJ para vistoria anual de seu automóvel, sob acusação de suposto crime sonegação fiscal, tendo sido solto no mesmo dia pela juíza que havia decretado sua prisão, não havendo qualquer relação com o suposto esquema e superfaturamento.
"O empresário nunca foi foragido e desconhecia o processo em que figura como réu, já que foi citado por edital sob o pressuposto de que estava em endereço incerto e desconhecido, quando, em verdade, sempre teve endereço certo e conhecido", reitera o advogado do acusado, Dr. Laért Vieira.
Em consulta ao Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, verificou-se que inexiste no Sistema de Controle e Acompanhamento de Processos - SCAP qualquer registro no qual figure como interessados ou responsáveis a empresa Aloés Indústria e Comércio Ltda. e seu sócio-diretor Altomir Régis da Cunha.