Carga de 1,5 tonelada foi apreendida no Porto do Rio, em março deste ano, e teria como destino a Bélgica - Divulgação / Arquivo
Carga de 1,5 tonelada foi apreendida no Porto do Rio, em março deste ano, e teria como destino a BélgicaDivulgação / Arquivo
Por JONATHAN FERREIRA

Rio - Chefe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Federal, o delegado Carlos Eduardo Thomé disse nesta sexta-feira que investiga se a cocaína "pura" apreendida na véspera, no Porto do Rio, teria como destino a Bélgica. De acordo com ele, a carga de 1,5 tonelada da droga - escondida em dois contêineres junto a materiais de construção - poderia ser transformada em até 10 toneladas com as misturas feitas por traficantes.

"Foi a maior apreensão de cocaína da história no estado. Vamos apurar o destino final dessa droga e identificar também a origem dos contêineres, as empresas envolvidas, o responsável pelo despacho, ou seja, todas as pessoas envolvidas", disse ele.

Para driblar o faro apurado dos cães da polícia, orégano foi misturado nos pacotes onde estava a droga. Ainda segundo Thomé, o custo logístico da operação é muito alto para abastecer traficantes do Rio. Ele, porém, não descartou a hipótese de a droga abastecer favelas cariocas. Entretanto, frisou que a principal rota para o abastecimento dessas comunidades é por meio de estradas que cortam o estado.

Ele disse ainda que o Porto da Bélgica seria uma das maiores portas de entrada de drogas na Europa. E frisou que esta quadrilha internacional pode agir em parceria com alguma facção do Rio.

"Chegamos até a droga através de um monitoramento que começou a ser feito pela Receita Federal", finalizou. A Polícia Civil também participou da ação que culminou na apreensão.

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