Dom Luciano Bergamin e Ivanir Santos participam de ato ecumênico - Reprodução Facebook
Dom Luciano Bergamin e Ivanir Santos participam de ato ecumênicoReprodução Facebook
Por Aline Cavalcante

Rio - Começou ontem, na Casa Pública, em Botafogo, o evento Dia "D" da Proteção, que traz um olhar sobre os programas de proteção a vítimas e testemunhas ameaçadas, de crianças e adolescentes e de defensores dos Direitos Humanos. A programação termina hoje no Cristo Redentor. Das 9h às 11h, haverá ato ecumênico com as presenças do bispo de Nova Iguaçu, Dom Luciano Bergamin, e do babalaô Ivanir dos Santos, performance do Batuque Moleque e palestras.

O objetivo do evento, promovido pela Diocese de Nova Iguaçu, é a promoção de políticas públicas mais acolhedoras em relação a violações de Direitos Humanos.

A fragilidade da atuação do estado e do governo federal nas políticas de segurança pública refletem nos números. Segundo o Programa de Proteção a Defensores de Direitos Humanos, em 2017 66 pessoas morreram por defender os Direitos Humanos, a maioria no Norte e Nordeste.

"Tínhamos programa de proteção em nove estados, mas hoje temos apenas três, por falta de estrutura, apoio e verba. Os defensores dos direitos humanos que estavam sob proteção estão em situação fragilizada. No Rio isso é ainda mais preocupante, visto o tamanho da violência", revelou Alice de Marchi, do Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos.

Só em 2016, segundo o ISP, foram registradas mais de 600 mortes de crianças e adolescentes. "É preciso divulgar mais sobre a existência dos programas de proteção, como funcionam e como ingressar", ressaltou a presidente do Conselho Deliberativo do Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas, Roberta Maristela.

O Dia "D" de Proteção é realizado em parceria com o Fórum Grita Baixada, o Centro dos Direitos Humanos de Nova Iguaçu e o Conselho Deliberativo do Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas do Estado.

 

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