Rio - Dois homens foram presos, na madrugada desta sexta-feira, acusados de agredirem e tentarem colocar fogo em um morador de rua em Copacabana, na Zona Sul do Rio. Os homens foram denunciados pela própria vítima, e câmeras de segurança de edifícios próximos ao local do crime conseguiram flagrar o momento das agressões, ocorridas na madrugada de terça-feira.
De acordo com o delegado Gabriel Ferrando, titular da 12ª DP (Copacabana), o morador de rua dormia no momento do ataque. Walter Pereira de Souza e José Vicente Machado jogaram gasolina na vítima e tentaram atirar um fósforo na direção dele. "No momento que jogaram a gasolina, ele despertou e conseguiu fugir. Tentaram atirar o fósforo em cima dele, mas ele conseguiu fugir. Ainda assim, foi agredido na fuga", disse Ferrando.
Os dois foram presos na madrugada desta sexta-feira. Um deles é morador de Copacabana, e o outro, que trabalha no bairro com transporte de mudanças, foi preso na Vila Kennedy, na Zona Oeste. O delegado afirma que os dois responderão por tentativa de homicídio qualificado, já que a intenção era matar.
"Eles disseram que queriam somente dar um susto, mas a intenção era matar, não era dar somente um susto", afirma Gabriel Ferrando. A investigação aponta na direção de que havia uma rixa entre os três, possivelmente por causa de bebida. "Eram discussões irrelevantes, existia um problema entre eles, aí resolveram fazer isso", conta.
Após a fuga do morador de rua, os criminosos colocaram fogo no carrinho que estava com os pertences da vítima. As chamas foram apagadas pelo porteiro de um dos edifícios da Rua Inhangá.
Walter e José Vicente foram presos por agentes da 12ª DP em cumprimento de mandados de prisão temporária expedidos pelo plantão judiciário da comarca da capital. Walter foi preso dentro de uma casa na Vila Kennedy em uma ação de inteligência. Já José Vicente, que seria morador de Copacabana, foi preso quando estava deixando a sua casa.
Eles foram indiciados e responderão pelos crimes de tentativa de homicídio qualificado e incêndio. A pena pode chegar a 10 de prisão.
