Fabio Antonio da Silva, pai de Bejamin, de um anos e setes meses, morto com um tiro na cabeça no Complexo do Alemão - Severino Silva
Fabio Antonio da Silva, pai de Bejamin, de um anos e setes meses, morto com um tiro na cabeça no Complexo do AlemãoSeverino Silva
Por O Dia

Rio - O pai do menino Bejamin, de 1 ano e 7 meses, morto com tiro na cabeça na Favela Nova Brasília, no Complexo do Alemão, sexta-feira à noite, desabafou. Muito abalado, Fábio Antonio da Silva falou sobre a tragédia no Instituto Médico-Legal (IML), em São Cristóvão. 

"Você espera tudo, mas seu filho tomar um tiro na cabeça, sem possibilidade de reagir ou ser resgatado, não. Vivemos num país em que você paga impostos para lá, impostos para cá. E ninguém chega para ajudar. Infelizmente, o paraíso do Rio de Janeiro é para poucos. A cidade está um caos, não tem mais paz", disse. 

Pai de outros nove filhos, Fabio também contou que está desempregado e não tem como pagar pelo enterro. "Funerárias me ofereceram o serviço por R$ 2.300, R$ 1.500. Vou tirar esse dinheiro da onde? Sou um cara desempregado". 

Bejamin foi morto durante uma troca de tiros entre policiais e traficantes. A ação começou quando quatro bandidos armados de fuzis, que estavam em um carro branco, roubado, avistaram viatura da PM na Rua Nova Brasília e dispararam na direção do veículo. Além de Bejamin, José Roberto Ribeiro da Silva e Maria Lúcia da Costa, ambos de 58 anos, também morreram no confronto. 

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