Tiros no São Carlos assustaram moradores da região - Reprodução / Internet
Tiros no São Carlos assustaram moradores da regiãoReprodução / Internet
Por O Dia

Rio - Menos de 12 horas após o forte tiroteio que assustou quem mora em bairros próximos ao Complexo do São Carlos, na Região Central do Rio, provocado por um ataque de traficantes dos morros do Fallet e Fogueteiro, em Santa Teresa, policiais do Grupamento de Intervenções Táticas (GIT) das Unidades de Polícia Pacificadora, fizeram uma varredura e não encontraram vítimas dos tiros, segundo os comandos das UPPs que englobam as comunidades. Apesar da tranquilidade nas favelas na manhã desta terça-feira, o policiamento está reforçado pelo GIT. 

As UPPs disseram que os policiais das unidades não participaram do confronto entre traficantes rivais e solicitou o reforço do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) durante a madrugada de hoje. A motivação do terror provocado por bandidos de Santa Teresa nas favelas do São Carlos seria um revide a um ataque a uma festa o Fallet que aconteceu no último dia 30, que teria deixado dois baleados. 

A Polícia Civil informou que as investigações estão em andamento na 6ª DP (Cidade Nova). De acordo com o delegado-assistente William Lourenço Bezerra, as quadrilhas que comandam o tráfico de drogas nas localidades Morro do São Carlos e do Fallet/FogueteirO disputam o controle dos pontos de venda de drogas há mais de uma década.

A proximidade entre as comunidades, já que apenas uma rua as separa (Rua Itapiru), deixa as forças de segurança em alerta para os confrontos na região. De acordo com o delegado, essa rivalidade se acirrou nos últimos meses, desde que um morador do São Carlos foi assassinado por traficantes do Morro dos Prazeres, após entrar naquela comunidade para comprar drogas, em 22 de fevereiro.

O morador, conhecido como 'Coquinho', foi torturado, morto e teve seu corpo carbonizado dentro de um automóvel deixado na Rua Santa Alexandrina, no dia 23 de fevereiro de 2018.  A partir dali, as quadrilhas começaram uma série de ataques e revides entre as facções, que resultaram em alguns assassinatos e pessoas feridas. As investigações envolvendo os casos de homicídios estão a cargo da Delegacia de Homicídios (DH).

Um vídeo enviado ao WhatsApp do DIA (98762-8248) mostra passageiros que estavam dentro de um ônibus da linha 426 (Usina x Jardim de Alah), na altura da Rua Itapiru, no Rio Comprido, se protegendo dos tiros, deitado no chão do veículo. Em outros vídeos que circulam na Internet, postados pelo OTT RJ, é possível ter a dimensão dos disparos na região.

Pelas redes sociais, moradores e internautas comentaram o episódio. "Apavorada pelos moradores do Fallet, São Carlos e Estácio. Mais uma noite de horror", escreveu uma internauta. "Mais um tiroteio aqui no São Carlos. Granadas inclusive", relatou outro. "Guerra no São Carlos. Armamento pesado", escreveu um morador.

Os disparos de grosso calibre e de bombas foram ouvidos em vários pontos, inclusive de regiões mais afastadas dos morros. "Estou conseguindo ouvir da Praça Afonso Pena", disse um internauta. "Em 30 anos que moro na tijuca nunca vi nada assim...", pontuou outro. "Nunca ouvi tantos tiros e numa sequência tão longa! Assustador! Estamos vivendo realmente uma guerra...", completou outro.

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