Vereador Marcello Siciliano - Estefan Radovicz / Agência O DIA
Vereador Marcello SicilianoEstefan Radovicz / Agência O DIA
Por RAFAEL NASCIMENTO

Rio - O vereador Marcello Siciliano (PHS) classificou como "factóide de mentiras" a delação de uma testemunha que afirma que teria sido ele e o miliciano Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica, os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol). Na manhã desta quarta-feira, em conversa com os jornalistas em um dos seus apartamentos, no Recreio dos Bandeirantes, Siciliano disse que “ficou surpreso, indignado" e repudiou a ligação do seu nome.

"Não entendo esse factoide. Tinha uma relação muito boa com a Marielle. Estou sendo massacrado desde ontem nas redes sociais. Tenho cinco filhos e três netos e quero que isso acabe logo. Agora, sou o mais interessado nessa investigação”, afirmou.

Indagado se encontrou alguma vez com Orlando Curicica, Siciliano disse que "sempre está em comunidades carentes e fala com muitas pessoas". "Caminho no Rio todo. Nego que tenho encontrado com ele em algum restaurante. No entanto, posso ter passado alguma vez por ele. Só não sei o nome das pessoas. Encontro todo mundo”, completou.

O parlamentar destacou que não tinha problemas pessoais com Marielle e reforçou que defendeu um dos projetos da vereadora. "Inclusive, ela foi até no meu aniversário (na Câmara Municipal, em agosto do ano passado). Defendi um projeto e ela entrou como co-autora. Sobre a atuação dela, eu não sei. Durante um ano e meio a minha relação com ela foi muito boa. Não sei o que a Marielle sofria, pois o trabalho dela não era agressivo. Até me espantava, pois os projetos do Psol são radicais. Não sei o que ela pode ter feito para incomodar", disse.

Siciliano ressaltou que ainda não está sendo investigado por nenhum crime e afirmou que quem o acusa "é uma pessoa sem credibilidade". "Desafio a qualquer vereador mostrar se tem mais números de ofícios. O meu trabalho incomoda. Quero que a polícia apure o mais rápido possível. Eu não me sinto investigado", acrescentou.

Na entrevista coletiva, o vereador afirmou que "tráfico e milícia são problemas de polícia". "Sou totalmente contra o poder paralelo. Se tem milícia na Zona Oeste que a polícia vá lá e prenda", disse.

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