General Richard Nunes - Maíra Coelho / Agência O Dia
General Richard NunesMaíra Coelho / Agência O Dia
Por NADEDJA CALADO

Rio - O general Richard Nunes comentou, nesta quinta-feira, durante uma coletiva para a assinatura da convocação de PMs do concurso realizado em 2014, a situação das investigações sobre a morte da vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes. Para o militar, o sigilo é necessário para preservar provas e encontrar os verdadeiros culpados. 

"O caso Marielle demanda um sigilo porque foi um caso muito complexo, de natureza política, e que a dificuldade de produção de provas técnicas é enorme. Nós temos sim, uma visão de como aconteceu o crime, graças à visão de testemunhas e de delações. Mas isso tudo precisa ser provado. Mas para isso precisamos do sigilo, porque essas provas podem ser desconstruídas se não mantivermos o sigilo. Essa é a nossa maior dificuldade", declarou ele. 

 

O militar também teceu críticas a imprensa, culpabilizando-a por vazamento de informações. "Temos preservado esse sigilo e a bem da verdade o vazamento que houve partiu da imprensa, que em um determinado momento colocaram inclusive pessoas em risco de vida, o que foi contornado rapidamente pela Segurança Pública. E caminhamos dia a dia na investigação, passo a passo, para que possamos fazer o trabalho de maneira segura e correta", disse.  

A declaração de Richard Nunes foi dada logo após a divulgação, pelo Jornal O Globo, de que interventor federal, o general Braga Netto, teria acertado com Temer uma 'lei de silêncio' sobre caso. 

Marielle e Anderson foram mortos no dia 14 de março, após saírem de um evento na Lapa. O carro em que a vereadora estava foi alvejado já na altura do Estácio, bairro da região central do Rio. O crime completará quatro meses em julho e a polícia ainda não encontrou quem são os responsáveis. 

Você pode gostar