Enterro de Rômulo Farias Silva, de 24 anos,  morto em São Gonçalo - Armando Paiva / Agência O Dia
Enterro de Rômulo Farias Silva, de 24 anos, morto em São GonçaloArmando Paiva / Agência O Dia
Por NADEDJA CALADO

Rio - Foi enterrado no início da tarde desta sexta-feira o jovem Rômulo Farias Silva, 24, baleado por bandidos quando prestava serviços para a Cedae em São Gonçalo, na Região Metropolitana. O enterro aconteceu no Cemitério Maruí, em Niterói, com a presença dos familiares e amigos de Rômulo, que estava em seu terceiro dia de trabalho para uma empresa terceirizada quando o crime aconteceu.

Diversos funcionários uniformizados da empresa Módulo, que presta serviço para a Cedae e na qual Rômulo trabalhava, também compareceram e traziam fixadas em suas roupas fitas de luto. Outros presentes usaram camisetas com foto da vítima, escritas "Rômulo vive". Em protesto, no cemitério, foram afixados cartazes com os dizeres "Quem matou Rômulo?“, cada um com uma resposta: "A Cedae";"A polícia"; "Os bombeiros"; "Os políticos assassinos do povo".

Enterro de Rômulo Farias Silva, de 24 anos, morto em São Gonçalo - Armando Paiva / Agência O Dia

"Sabendo que era área de risco mandaram ele para lá? Isso é ruindade. Mandaram o cara para a morte. E agora, como é que a gente fica? Meu neto morreu ao Deus dará, por causa de um empreguinho qualquer colocaram ele nessa situação, é bonito, isso?" questionou, indignado, o avô paterno de Rômulo, Hernandes da Silva, 84. "Nem polícia pôde ir lá, nem bombeiros. Não tinham treinamento? E deixaram meu neto morrer assim? Se a polícia e os bombeiros não podiam ir, por que meu neto podia?" completou.

Funcionários da empresa Módulo, terceirizada da Cedae, com uma fita preta em sinal de luto - Armando Paiva / Agência O Dia

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