Filho filmou a mãe em uma cadeira de rodas a espera de atendimento, enquanto médica mexia no celular - Reprodução vídeo
Filho filmou a mãe em uma cadeira de rodas a espera de atendimento, enquanto médica mexia no celularReprodução vídeo
Por RAFAEL NASCIMENTO

Rio - Integrantes da comissão de intervenção que atua no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, estiveram na manhã desta sexta-feira na unidade de saúde para apurar detalhes do atendimento recebido por Irene de Jesus Bento, de 54 anos, que morreu após ser liberada do local. A família acusa negligência.

A comissão é formada por cinco profissionais, entre eles o subsecretário de saúde Charbel Khouri e o diretor do Hospital Getúlio Vargas, Paulo Ricardo Lopes. De acordo com subsecretário, houve erro no atendimento, mas eles precisam apurar com detalhes o que aconteceu para apontar culpados. Todos os envolvidos identificados no vídeo feito pelo filho da vítima foram afastados até a conclusão da investigação. 

"Queremos apurar o que aconteceu e ouvir os envolvidos para avaliar o processo de atendimento. Um erro é notório,  claro que existe um erro, só não sabemos aonde foi esse erro. Temos muito trabalho pela frente para investigar o que houve", disse Khouri.

Subsecretário de Saúde (direita) no Hospital Getúlio Vargas acompanhando comissão que investiga morte de mulher na unidade - Marcio Mercante / Agencia O Dia

A comissão percorreu todo o trajeto feito pela dona Irene para entender como foi o primeiro atendimento dela na unidade. O diretor do hospital acompanhou o trabalho, mas não quis falar com a imprensa.

Irene morreu após ter atendimento negado na emergência do Hospital Getúlio Vargas, na Penha, na Zona Norte do Rio. O caso aconteceu no último sábado, quando ela deu entrada na unidade, acompanhada pelo filho, com falta de ar e dor no corpo, mas foi liberada.

Após passar mal na UPA ao lado, retornou em estado grave para o Getúlio Vargas, onde acabou não resistindo. As acusações de negligência no socorro à mãe foram feitas pelo filho, que registrou em vídeo a falta de atendimento, além de uma médica ao celular. Questionada, ela disse que precisava da ficha para atender. A polícia também investiga o caso.

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