Rio - O incêndio que destruiu o Museu Nacional do Rio de Janeiro, na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio, foi controlado volta das 3h desta segunda-feira, oito horas após o início das chamas. O Corpo de Bombeiros continua no local nesta manhã fazendo o trabalho de rescaldo e de combate a pequenos focos de fogo.
Participam do combate aos focos 13 quartéis e 24 viaturas do Corpo de Bombeiros. Integrantes da Polícia Federal, Polícia Militar e da Guarda Municipal, além de profissionais de saúde, também foram chamados para colaborar com os trabalhos.
Diretores, funcionários e pesquisadores do Museu Nacional passaram a noite no local acompanhando os trabalhos e tentando colaborar. Havia preocupação com as dificuldades em controlar as chamas, a ausência de água e o risco de desabamento. Ainda não há informações sobre as causas do incêndio.
O museu está em uma colina, no parque nacional, e isso causa limitações para o fornecimento de água. Os bombeiros confirmaram que o abastecimento de água foi feito por carros-pipa, cedidos pela Cedae. O reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto Leher, à qual o Museu Nacional está vinculada, falou dessas dificuldades.
“Essa é uma edificação muito antiga que foi concebida em um contexto em que não existia o uso de energia, muito menos o uso intensivo de energia como são as edificação acadêmicas, que têm laboratórios, área administrativa, informática. É um prédio que dispunha de brigada, nós temos um trabalho sistemático com o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil, de trabalhar com a brigada. Extintores estavam em dia. Obviamente, a universidade precisa de uma reforma estrutural e foi isso que buscamos com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)”, disse.
O prefeito da cidade do Rio, Marcelo Crivella, esteve acompanhando os trabalhos no Museu Nacional na manhã desta segunda-feira e lamentou a destruição do Museu Nacional. "Trágico incidente que destruiu um palácio marcante da nossa história. É um dever nacional reconstruí-lo das cinzas, recompor cada detalhe eternizado em pinturas e fotos e, ainda que não seja o original, continuará a ser para sempre a lembrança da família imperial que nos deu a independência, o império, a primeira constituição e a unidade nacional", disse, em nota.
Com informações da Agência Brasil