Rio - Uma ação da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu, nesta segunda-feira, um homem que transportava uma grande quantidade de armas e tentava entrar com o armamento no Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Civil, por volta das 7h20, Wagner Frederico Pini, de 48 anos, foi capturado enquanto transitava na BR-116, na altura em Seropédica, na Região Metropolitana.
De acordo com a Polícia Civil, entre o material apreendido estão 16 pistolas Glock 9mm, cada uma com um kit rajada, além de um fuzil FAL, modelo semelhante usado pelo Exército, e carregadores. As armas estavam enroladas em plástico filme e escondidas em diversos compartimentos do carro usado pelo suspeito. O veículo, modelo S10, tem placa de Bauru, no interior de São Paulo. Ainda de acordo com Polícia Civil, Wagner não tem passagem pela polícia. Ele confessou que o material veio São Paulo e seria entregue na comunidade de Manguinhos, na Zona Norte do Rio.
O motorista vai responder por organização criminosa, porte ilegal de armas e associação para o tráfico, podendo pegar uma pena de mais de 20 anos.
Segundo o delegado-assistente do Desarme, André Leiras, o material apreendido mostra a "sofisticação do tráfico", que cada vez possui armas mais novas. De acordo com ele, a ação que prendeu Wagner faz parte operação de rotina para reprimir a entrada de armas e drogas no estado.
"Esse farto material bélico certamente teria destino as organizações criminosas aqui do Rio de Janeiro (...) A polícia vem fazendo um esforço grande para impedir ou minimizar a entrada deste armamento no Rio. Esta organização criminosa tem um alto poder financeiro e utilizam de armas novas e que sequer foram disparadas e com numerações rapadas", disse Leiras.
"A investigação policial e o trabalho conjunto da Desarme com a PRF é fundamental para impedir a chegada dessas armas, 100% estrangeiras, às mãos dos narcotraficantes do Rio", afirmou Fabrício Oliveira, delegado-titular da Desarme.
Ainda de acordo com o delegado, o material apreendido está avaliado em cerca de R$ 300 mil. Um pedido para que o armamento seja repassado para a polícia será feito nos próximos dias.
"A partir de agora vamos investigar de onde partiram essas armas e qual era a origem final e quem são as pessoas responsáveis por comprarem ou revenderem esse material", concluiu Leiras.
Criada há um ano e cinco meses, com o objetivo de impedir a entrada de armas e munições no estado, a Desarme tem trabalhado com a inteligência. Nesse tempo todo 300 armas (entre fuzis e pistolas) e mais de 100 mil munições foram apreendidas. Para o titular da delegacia, uma boa investigação com o apoio da inteligência é fundamental para o bom trabalho que tem sido feito.