Operação da Polícia Civil e do Ministério Público tem como objetivo cumprir 37 mandados de prisão  - Severino Silva / Agência O Dia
Operação da Polícia Civil e do Ministério Público tem como objetivo cumprir 37 mandados de prisão Severino Silva / Agência O Dia
Por O Dia

Rio - A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio (MPRJ) realizam, nesta quarta-feira, uma operação contra uma quadrilha de traficantes especializada em roubo de cargas em toda a cidade do Rio de Janeiro. Policiais do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE) e da 6ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal, do MPRJ, buscam cumprir 37 mandados de prisão preventiva. Até 11h, 23 pessoas tinham sido presas e armas foram apreendidas. 

Segundo as investigações da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), o prejuízo em roubos em vias expressas, como a Avenida Brasil e a Rodovia Presidente Dutra, já chega aos R$ 600 milhões. As informações ainda indicam que os traficantes roubam cargas para financiar e fortalecer a quadrilha, comprando mais armas e drogas.

A denúncia narra que, para executar os crimes, os criminosos utilizam armamento de guerra (fuzis, pistolas e granadas) e se beneficiam do controle que possuem de comunidades para fazer o transbordo das mercadorias e a revenda das cargas. Ainda segundo a denúncia, o grupo recebe apoio bélico e financeiro de facções do Rio e de São Paulo.

A quadrilha faz uso de uniformes policiais, bloqueadores de GPS e contam com "batedores" para evitar a abordagem policial. Entre os alvos também estão motoristas de empresas de transporte de cargas, que forneciam informações privilegiadas sobre os deslocamentos. Vigilantes que faziam a escola dos produtos também passavam informações para a quadrilha e até indicavam o melhor lugar para o roubo. 

Grupo se consolidou na Cidade Alta

De acordo com o Ministério Público do Rio, o grupo consolidou-se na Cidade Alta, no bairro de Cordovil, mas atua em associação com traficantes de diversas outras áreas, entre elas a Comunidade do Muquiço, em Marechal Hermes; a Vila Aliança, em Bangu; a Favela da Quitanda, no Complexo da Pedreira; no Complexo da Maré e até com ramificações em São Gonçalo e na Região dos Lagos.

Entre os 37 denunciados há chefes do tráfico, assaltantes, seguranças privados, motoristas e batedores. A denúncia é resultado de 10 meses de investigação conduzida em parceria pela 6ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal e pela Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC). Os criminosos responderão na Justiça pelos crimes de associação para o tráfico e financiamento do tráfico por meio dos roubos de carga.

 

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