DH realiza perícia após morte de policial civil  - Estefan Radovicz
DH realiza perícia após morte de policial civil Estefan Radovicz
Por RAFAEL NASCIMENTO

Rio - Um policial civil foi morto a tiros, na manhã desta sexta-feira, na Pavuna, na Zona Norte do Rio. Câmeras de segurança flagraram dois homens encapuzados em um Renault Sandero atirando diversas vezes em direção ao carro de Claudezio de Souza Gomes,  lotado na 31ª DP (Ricardo de Albuquerque).

O crime aconteceu por volta das 7h30, na Rua Maria Joaquina, atrás da Igreja de Santo Antônio. Ao DIA, testemunhas contaram que os bandidos emparelharam o carro ao do policial e atiraram. Claudezio foi socorrido por policiais militares para o Hospital Municipal Albert Municipal Albert Schweitzer, mas não resistiu aos ferimentos. 

De acordo com o delegado Mauricio Demetrio, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes contra Propriedade Imaterial (DRCPIM), Claudezio estava envolvido em um esquema de cigarros falsos e contrabandeados. Ele seria responsável por um grupo criminoso, segundo as investigações do setor de inteligência da especializada. 

 

Claudezio de Souza Gomes - Divulgação

A suspeita é de que o agente tenha sido morto em uma emboscada por disputa pelo contrabando de cigarros.

O DIA apurou que o motivo do crime seria porque agente  envolvido com a venda de cigarros contrabandeados na Feirinha da Pavuna. Inclusive, Claudezio já estaria jurado de morte pelos rivais.

Segundo Demetrio, o policial civil seria preso após o segundo turno, porque a lei eleitoral em vigor não permite que prisões sejam feitas até o final das eleições. Só as prisões em flagrante são permitidas. Nesta quarta-feira, a DRCPIM apreendeu 500 mil cigarros contrabandeados e falsos que seriam do grupo liderado pelo inspetor morto na Pavuna. 

Cigarro apreendido que seria de quadrilha liderada por policial - Divulgação

O titular da Delegacia de Homicídios (DH) da Capital, o delegado Giniton Lages, foi ao local do crime para participar da perícia. De acordo com os investigadores, a linha de apuração do caso será de execução. Pelo menos 37 tiros de fuzil foram disparados contra o agente. 

“Não descartamos nenhuma hipótese, pois aqui é comum assaltarem de fuzil. Essa área é muito perigosa. O que dá para dizer é que não houve revide do policial. Apreendemos as duas armas da Polícia Civil que ele portava (uma pistola e um revólver 38) que estavam carregadas”, declarou o delegado da DH Pedro Pilher, responsável pela investigação do caso.

Moradores relatam clima de tensão e correria

No momento do crime, várias pessoas estavam na porta de uma padaria esperando os pães ficarem prontos. Segundo os clientes o estabelecimento, houve correria e muitas pessoas se jogaram no chão para se protegerem dos tiros. As paredes da Igreja Santo Antônio foram atingidas por pelo menos cinco disparos. 

De acordo com as testemunhas, por pouco, pessoas que passavam pela via e até mesmo crianças do  Colégio Instituto Santo Antônio, a poucos metros do cena do crime, não foram atingidos pelos disparos.

DH realiza perícia após morte de policial - Estefan Radovicz / Agênci

Investigação

A Corregedoria da Polícia Civil já vinha investigando Claudezio desde o dia 11 por envolvimento com o roubo de cargas na região da Zona Norte. Policiais já vinham colhendo provas para que o agente fosse detido.

De acordo com investigadores, o carro que o policial foi morto é o mesmo que foi usado para roubar uma carga de cigarro há uma semana.

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