Rio - O tombamento do Cais do Valongo, patrimônio histórico e cultural do estado do Rio e principal porto de entrada de escravos africanos no Brasil, foi assinado nesta segunda-feira pelo governador Pezão, na abertura da exposição 'Cartografia da Africanidade Fluminense', na Casa França-Brasil.
Representantes da cultura e religião africana, como os Filhos de Gandhi, estiveram na cerimônia. Estima-se que, pelo Cais do Valongo, na Região Portuária, mais de 500 mil africanos desembarcaram na primeira metade do século 19. Em 1843, o lugar foi remodelado para receber a noiva do imperador, Teresa Cristina de Bourbon, e passou a se chamar Cais da Imperatriz.
Com as reformas da cidade no século passado, a área foi aterrada, sendo descoberta na revitalização da Região Portuária. Em junho, o local foi declarado pela Unesco patrimônio histórico da Humanidade, e em 2017, se tornou patrimônio histórico e cultural do estado.
A exposição de cartografia da Casa França-Brasil vai reunir 500 raridades, como as litogravuras de Victor Frond e Debret, além das cerâmicas e gravuras de Rugendas.