
Rio - A falta de acessibilidade em espaços públicos e privados é um desafio para pessoas com necessidades especiais em todo o país. A vereadora Luciana Novaes (PT), que é tetraplégica, enfrenta o problema na Câmara do Rio. Segundo contou, nesta terça-feira, o único acesso ao plenário não funcionou e ela teve que contar com a ajuda de funcionários da Casa.
"Mais uma vez eu fiquei presa dentro da Câmara porque a plataforma não funcionou. Por conta de uma decisão do órgão que regula as obras nos prédios históricos, a rampa da porta (que não é eletrônica) foi retirada. Estou com um processo na Justiça para mudar isso, mas até agora nada. Por isso, eu e outros cadeirantes continuamos com o acesso restrito e com a vida em risco, por erros da plataforma e pelo risco de incêndios", relatou Luciana em uma rede social.
De acordo com a assessoria da vereadora, o problema na plataforma é constante e, nesta terça-feira, funcionários fizeram o trabalho da elevação do equipamento manualmente.
Dos 51 vereadores da Casa, Luciana é a única que precisa necessariamente usar a entrada lateral da Casa, por causa da falta de acessibilidade na principal, que tem escada. A petista é presidente da Comissão da Pessoa com Deficiência da Câmara de Vereadores.
Procurada pelo DIA, a Câmara do Rio não havia comentado o assunto até a publicação desta reportagem.