Marcelo Piloto foi expulso do Paraguai após ser acusado de assassinar Lidia Meza Burgos
 - AFP
Marcelo Piloto foi expulso do Paraguai após ser acusado de assassinar Lidia Meza Burgos AFP
Por O Dia

São Paulo - O narcotraficante Marcelo Pinheiro Veiga, o Marcelo Piloto, foi expulso do Paraguai e já está em solo brasileiro. De acordo com a 'Globo News', ele foi levado para o presídio federal de Catanduvas. Piloto deixou o país em uma aeronave no início da manhã desta segunda-feira.

A reportagem do DIA procurou o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) para maiores informações, mas ainda não obteve resposta.

"Saiu pelo Grupo Aerotático, em uma operação com os militares (…) Em um avião paraguaio, de forma muito sigilosa", confirmou Fernando Gallardo, administrador do Aeroporto Silvio Pettirossi, ao jornal 'ABC'.

Catanduvas fica a 200 km de Foz do Iguaçu, onde Marcelo Piloto foi entregue por autoridades paraguaias a policiais federais no início da manhã.

O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, confirmou em sua conta oficial do Twitter a expulsão do traficante brasileiro. "Decidi expulsar Marcelo Pinheiro, vulgo "Piloto" do Paraguai. O nosso país não é uma terra de impunidade para ninguém".

Segundo a publicação, três patrulhas das Forças Operacionais Policiais Especializadas partiram do quartel onde Marcelo Piloto estava preso, por homicídio e falsificação de documentos, pouco depois das 4h.

 O ministro do Interior, Juan Ernesto Villamayor, evitou dar declarações sobre a extradição do brasileiro, mas disse à rádio ABC Cardinal que a unidade militar não estava preparada para este tipo de preso.

Entenda o caso

No último sábado, Marcelo Piloto matou, dentro do quartel da Polícia Nacional, onde está preso desde dezembro, Lidia Meza Burgos, de 18 anos, que o visitava pela segunda vez. De acordo com o Ministério Público do Paraguai, a jovem argentina trabalhava como garota de programa e entrou no presídio de forma irregular. Ela ficou cerca de 40 minutos com o traficante e foi golpeada 16 vezes.

Na última semana, Piloto havia dado uma entrevista denunciando o pagamento de propinas à polícia paraguaia em troca de proteção. Um dia após a coletiva, as autoridades do Paraguai divulgaram um vídeo em que o CV ameaça matar a procuradora-geral do Paraguai, Sandra Quiñonez, em represália à ação dela pela extradição de Marcelo Piloto.

Na segunda-feira, a advogada dele, a argentina Laura Marcela Casuso, que organizou a coletiva, foi executada, na segunda-feira, em Pedro Juan Caballero, na fronteira com o Brasil.

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