Para a mulher do sargento, matador e a namorada inventaram versão - Rafael Nascimento
Para a mulher do sargento, matador e a namorada inventaram versãoRafael Nascimento
Por Adriano Araujo e Rafael Nascimento

Rio - A mulher do sargento da PM Robson Nóbrega Santana, do 17º BPM (Ilha do Governador), morto a tiros em um bar em Nova Iguaçu por outro policial militar, o soldado Rodrigo Cardoso Figueiredo, lotado no 16ª BPM (Olaria), rechaçou a versão que o marido tenha assediado a namorada do atirador, também soldado da PM. Ela esteve na manhã desta quinta-feira no Instituto Médico Legal (IML) da cidade da Baixada Fluminense.

"Ele não tinha o costume de assediar ninguém, isso é uma mentira. Ela deu essa versão porque tem que dar uma versão favorável a ele (o namorado). Não acredito nisso, até porque ele não ficou lá nem 10 minutos. Mal chegou e aconteceu isso", disse a advogada Meyre Sampaio, de 34 anos.

De acordo com a mulher do sargento, com quem viva há 15 anos, ele sempre tinha o hábito de parar e beber uma cerveja após o serviço. Ela tinha falado com ele instantes antes do crime acontecer. 

"Ele saiu do do quartel, liguei para ele e às 23h15 disse que já estava chegando em casa. Quando foi 0h16 liguei novamente e atendeu um policial, pedindo para eu ir até o local, ele me deu o nome da rua e pediu para eu ir acompanhada. Já imaginei que tinha acontecido algo com ele", relevou a advogada. 

Segundo um primo da vítima, imagens de câmeras mostram o soldado indo para cima da vítima, que para se defender atirou nele na perna. O baleado caiu e Robson teria se virado para ligar para a PM. Neste momento, o militar atingido teria sacado sua arma e atirado no sargento. Relatos de vizinhos do local dão conta que a soldado Jéssica Aparecida teria gritado que estava sendo agarrada e pedia para tirar as mãos dela. 

Policial já está preso no Batalhão Prisional da PM

o soldado Rodrigo Cardoso Figueiredo, que matou o sargento Robson Nóbrega, prestou depoimento na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), que investiga o caso. Ele foi socorrido no Hospital Municipal de Nova Iguaçu, recebeu alta, realizou exame de corpo de delito e já está no Batalhão Especial Prisional da PM, em Niterói. A sua namorada também foi ouvida na DHBF durante a madrugada.

O sargento estava há 16 anos na PM e tinha dois filhos, um de 21 e outro de 24, de outro relacionamento. Ainda não há informações sobre o seu sepultamento. 

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