Fábio Tuffy (de branco) quando se apresentou à Deam de Campo Grande, na quinta-feira. Ele permaneceu a maior parte do tempo em silêncio - Estefan Radovicz/Agência O Dia
Fábio Tuffy (de branco) quando se apresentou à Deam de Campo Grande, na quinta-feira. Ele permaneceu a maior parte do tempo em silêncioEstefan Radovicz/Agência O Dia
Por O Dia

Rio - A Justiça do Rio decretou, nesta quinta-feira, a prisão temporária do filho do presidente da Câmara de Vereadores do Rio, Jorge Felippe (MDB), acusado de agredir a mulher. A informação foi divulgada pelo RJTV 2ª edição. Na última quarta-feira, Fábio Tuffy Felippe compareceu a delegacia para prestar depoimento sobre as acusações de agressão à sua ex-mulher. Ele permaneceu a maior parte do tempo em silêncio, afirmando que só falaria em juízo, mas negou que tenha ameaçado Christini Cardoso de França Felippe e sua família.

Segundo a delegada titular da Deam, Cristiane Carvalho Almeida, Fábio ficou calado quando foi questionado sobre as agressões. "Os parentes de Christini relataram que ele era violento, ciumento e não aceitava o fim do relacionamento. Disseram ainda que a agressão teria durado cerca de três horas, e ele teria aplicado vários socos, principalmente no rosto, deixando deformado, e os olhos inchados, inclusive 20 dias antes teria agredido a ex-mulher".

Na sexta-feira, Fábio teria feito ameças à família de Christini, que chamou a polícia. Mas ele fugiu antes da chegada dos agentes. A partir da ameaça, a delegada pediu a prisão temporária, mas a juíza do plantão judiciário, Angélica dos Santos, negou, dizendo que o caso não era urgente. O Ministério Público recorreu da decisão. O desembargador que analisou a decisão não achou que era caso de urgência, com isso o processo segue os trâmites normais.

Embora tenha sido atendida em um hospital particular, Christini não fez exame de delito, alegando que não queria prejudicar o marido. No entanto, a delegada irá pedir o laudo médico que servirá como perícia. "O fato chegou à delegacia porque a mãe veio denunciar. Antigamente, a Lei Maria da Penha dizia que a gente tinha que ter autorização da vítima para investigar. Agora basta tomarmos conhecimento para proceder a investigações" explicou a delegada.

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro divulgou nota nesta quarta, afirmando que está acompanhando com atenção as investigações da Deam sobre as supostas agressões atribuídas a Fábio Tuffy Felippe. Para o MP, os fatos são graves e inadmissíveis e, se confirmados, merecem uma pronta e enérgica resposta da Justiça fluminense.

Segundo o Ministério Público, o inquérito policial chegou no plantão noturno do dia 29 para o dia 30 de dezembro, quando o promotor de Justiça em exercício imediatamente requereu a prisão preventiva do investigado e a concessão de medidas protetivas. Como a juíza de plantão indeferiu os pedidos, o órgão entrou com recurso junto ao desembargador de plantão, que também não acolheu os pedidos do MPRJ. Os recursos estão pendentes de julgamento, aguardando decisão do Tribunal de Justiça. Os autos do processo só devem ser encaminhados à promotoria depois do recesso, que vai até domingo. 

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