Felipe Queiroz estava há 14 anos na corporação, dez deles no GAM - Reprodução
Felipe Queiroz estava há 14 anos na corporação, dez deles no GAMReprodução
Por Gustavo Ribeiro e Beatriz Perez

Rio - O sargento Felipe Marques de Queiroz, 37 anos, faleceu no fim da manhã desta segunda-feira, após ser socorrido em estado grave de saúde de um acidente com helicóptero do Grupamento Aeromóvel (GAM) da Polícia Militar na Baía de Guanabara, na Zona Norte do Rio. Por volta das 17h, a Ponte Velha da Ilha foi interditada para ação de içamento do helicóptero, informou o Centro de Operações. O trânsito no local apresenta pontos de lentidão e motoristas devem optar pela Estrada do Galeão.

O militar foi o último a ser socorrido da aeronave, já que precisou ser reanimado, no pátio do Comando de Operações Especiais da PM, em  Ramos, próximo ao local do acidente, por cerca de vinte minutos por médicos e enfermeiros.

Segundo o porta-voz da PM, coronel Mauro Fliess, Queiroz ficou submerso, dentro da aeronave, durante o resgate que demorou entre dez e quinze minutos. Fliess acrescentou que a provável causa da morte foi afogamento. Os outros três foram socorridos antes porque conseguiram sair sozinhos do helicóptero, contou Fliess.

O Sargento Queiroz tinha 37 anos, estava na corporação desde 2005, era casado e deixa três filhos. O agente estava há 10 anos no GAM. Amigos contam que era apaixonado pela profissão.

A aeronave da Polícia Militar caiu no Canal do Cunha, na Baía de Guanabara, na altura da Ilha do Fundão, na Zona Norte do Rio. Havia quatro tripulantes na aeronave do Grupamento Aeromóvel (GAM), que sobrevoava a região para reforçar o patrulhamento na Linha Vermelha, quando precisou fazer um pouso forçado na água. Os quatro policiais foram socorridos ao Hospital Central da PM (HCPM). Três deles estão com estado de saúde estável. O sargento Queiroz, foi socorrido em estado grave, mas não resistiu.

Segundo os Bombeiros, duas vítimas foram atendidas e socorridas pela ambulância e outra, por um helicóptero. Dois majores tiveram ferimentos nas pernas por causa do acidente. O major Alves, que pilotava o helicóptero, sofreu uma fratura. O major Albuquerque, copiloto, sofreu uma fratura na tíbia. O sargento Moraes não sofreu nenhum ferimento grave.

O porta-voz da Polícia Militar, coronel Mauro Fliess, declarou que a aeronave estava com as revisões em dia e tinha 'perfeitas condições' para trafegar. Ele disse que os helicópteros só levantam voo se estiverem em condições adequadas. Fless disse ainda que seria prematuro falar no motivo do acidente.

As causas estão sendo apuradas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA). O Centro de Criminalística da Polícia Militar também acompanhará a apuração.

O helicóptero reforçava o policiamento ostensivo das vias expressas com a missão de capturar imagens. Fliess disse que não havia operação policial em solo no momento do acidente. "Não há nenhum relato de disparo de armas de fogo, mas todas as possibilidades serão averiguadas ao longo da investigação", disse.

A Polícia Militar conta com sete aeronaves. Até às 8h da manhã, três estavam em condições de uso e quatro, em manutenção periódica. Agora, conforme informou o porta-voz da PM, são duas em uso.

A CENIPA informa que investigadores do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA III) realiza o começo do processo de investigação para coletar dados. A ação inicial inclui fotografar cenas, retirar partes da aeronave para análise, reunir documentos e ouvir relatos de pessoas que possam ter observado a sequência de eventos.

O órgão esclarece que a investigação realizada pelo CENIPA tem o objetivo de prevenir que novos acidentes com as mesmas características ocorram.

O GAM e o Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) fizeram operação de resgate e socorro dos tripulantes.

O quartel da Ilha do Fundão foi acionado para a ocorrência às 8h45. Duas viaturas do quartel da Ilha do Fundão foram encaminhadas para o local. 

O Centro de Operações Rio informa que uma faixa da Linha Vermelha está ocupada no sentido Centro para ação da Polícia Militar. A via não apresenta retenções no trecho.

Em nota, o governador Wilson Witzel lamentou a morte do sargento da PM. "Manifesto meu mais profundo pesar pelo falecimento do sargento. Presto toda minha solidariedade à família. É mais um herói que deu sua vida em defesa da população do Estado do Rio de Janeiro. Que Deus o abençoe e o acolha. Tenho confiança que as autoridades vão esclarecer as causas do acidente", diz o comunicado enviado a imprensa. 

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