O coordenador de comunicação social da PM, coronel Mauro Fliess, falou à imprensa sobre a queda de um helicóptero da corporação na Baía de Guanabara na manhã desta segunda-feira - Fernanda Dias/Agencia O Dia
O coordenador de comunicação social da PM, coronel Mauro Fliess, falou à imprensa sobre a queda de um helicóptero da corporação na Baía de Guanabara na manhã desta segunda-feiraFernanda Dias/Agencia O Dia
Por GUSTAVO RIBEIRO

Rio - A Polícia Militar contava com sete aeronaves até às 8h da manhã desta segunda-feira. Três estavam em condições de voo, entre elas a que caiu na Baía de Guanabara, e quatro em manutenção, seja periódica ou aguardando compra de peças. Agora, são apenas duas em uso. Para o porta-voz da PM, Mauro Fliess, o ideal seria que todas estivessem em condições de operação. 

 "A peculiaridade do Rio de Janeiro exige cada vez mais um apoio logístico suficiente para encarar toda essa nossa realidade. Obviamente, o Estado fará um esforço muito grande para recuperar as aeronaves que estão ainda sem condições de voo", afirmou o coronel.

Questionado sobre o motivo pelo qual as aeronaves estão em manutenção, ele informou que é preciso cautela e tempo para garantir o pleno restabelecimento dos veículos. Pelo menos dois dos helicópteros parados aguardam licitação para compra de peças. Um deles precisa de nova hélice, porque foi atingido por tiro.

"As aeronaves necessitam de adequada manutenção e isso é realizado, só que a gente não pode fazer isso com a pressa da nossa ansiedade. A gente precisa fazer com toda a cautela possível para garantir a segurança da nossa tripulação", declarou Fliess.

A aeronave que que caiu na Baía de Guanabara nesta segunda-feira, modelo Fênix 08, foi fabricada em 1998. Segundo a Polícia Militar, não é considerada antiga para a aviação e estava com a manutenção em dia.

O sargento Felipe Marques de Queiroz, 37 anos, faleceu no fim da manhã desta segunda-feira, após ser socorrido em estado grave de saúde do acidente com helicóptero do Grupamento Aeromóvel (GAM) da Polícia Militar na Baía de Guanabara, na Zona Norte do Rio.

Queiroz foi o último a ser socorrido da aeronave, já que precisou ser reanimado, no pátio do Comando de Operações Especiais da PM, em Ramos, próximo ao local do acidente, por cerca de vinte minutos por médicos e enfermeiros. Segundo o porta-voz da PM, Queiroz ficou submerso, dentro da aeronave, durante o resgate que demorou entre dez e quinze minutos. Fliess acrescentou que a provável causa da morte foi afogamento.

Havia quatro tripulantes na aeronave do Grupamento Aeromóvel (GAM), que sobrevoava a região para reforçar o patrulhamento na Linha Vermelha, quando precisou fazer um pouso forçado na água. A Secretaria de Estado da Polícia Militar informou que o helicóptero Fênix 08 - Esquilo Modelo H350 BA - estava com a manutenção regularizada. O acidente será apurado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA). O Centro de Criminalística da Polícia Militar também acompanhará a apuração.

 

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