Pacientes e servidores do Hospital Federal de Bonsucesso, na Zona Norte do Rio, aguardavam atendimento enquanto festa organizada por direção no último dia 11 tinha tendas climatizadas e serviço de buffet   - Luciano Belford/ Agência O Dia
Pacientes e servidores do Hospital Federal de Bonsucesso, na Zona Norte do Rio, aguardavam atendimento enquanto festa organizada por direção no último dia 11 tinha tendas climatizadas e serviço de buffet Luciano Belford/ Agência O Dia
Por O Dia

Rio - O secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Francisco de Assis Figueiredo, vai assumir interinamente a direção do Hospital Federal de Bonsucesso, na Zona Norte do Rio. A exoneração de Luana Camargo foi publicada nesta quarta-feira no Diário Oficial da União. A instituição é alvo de uma série de denúncias, entre elas a de preencher vagas de trabalho com indicações políticas. O Ministério da Saúde anunciou que ainda nesta quarta será anunciado o nome do novo diretor do hospital.

Em dezembro, antes de assumir o posto, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, já havia adiantado que revisaria contratos e a administração dos seis hospitais que estão sob administração federal.

A diretora do Hospital Federal de Bonsucesso, Luana Camargo da Silva, foi alvo de protestos por organiza - Luciano Belford/Ag

A mudança na administração dos hospitais também faz parte das prioridades para os 100 dias de governo. Mandetta prometera um "choque de gestão", com compras integradas para as unidades.

Indicada pelo deputado federal Wilson Beserra (MDB), Luana Camargo estava na direção do hospital desde março do ano passado. 

 

No último dia 11, a direção da unidade decidir gastar R$ 156 mil para comemorar a festa de 70 anos da unidade, que foi encerrada após protestos de familiares de pacientes, médicos e servidores. O evento aconteceu em um momento que o hospital passa por desabastecimento de materiais de trabalho.

Desde o ano passado, funcionários já vinham denunciando a superlotação e a falta de insumos básicos no hospital. Segundo os servidores, as salas de cirurgia não possuíam ar-condicionado e faltavam materiais como seringas e fios cirúrgicos. Eles também acusavam Luana de lotear a instituição com indicações políticas e pessoas sem experiência na gestão hospitalar. Todos os cargos teriam sido entregues a pessoas ligadas a Wilson Beserra — que tem reduto eleitoral em Seropédica, na Baixada Fluminense.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, esteve no hospital no dia da festa para verificar a situação do espaço. Na última semana, um comitê formado por profissionais da unidade estiveram em Brasília e entregaram um documento ao ministro pedindo a exoneração da diretora.

Desde o começo da manhã, os seis diretores de todos os hospitais federais do estado estão reunidos para tratar das melhorias dos espaços médicos. O encontro foi planejado pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria de Modernização do Estado da Secretaria-Geral da Presidência da República.

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