Márcio Gomes da Silva, o Pará - Divulgação / Polícia Civil
Márcio Gomes da Silva, o ParáDivulgação / Polícia Civil
Por RAFAEL NASCIMENTO

Rio - Dois policiais militares, apontados como integrantes da milícia de Wellington da Silva Braga, conhecido como Ecko, e do irmão Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, se entregaram nesta semana à 35ª DP (Campo Grande). Um deles, identificado como Marcelo Tinoco Petuquio, foi flagrado em escutas telefônicas passando informações sobre operações contra os milicianos, que agem na Zona Oeste do Rio e em municípios da Baixada Fluminense.

O outro, Marcelo Costa Brito, lotado no Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE), é líder da milícia do Rio da Prata, em Campo Grande, que é subordinada à quadrilha de Ecko. Ele também foi pego em uma escuta autorizada pela Justiça cobrando dinheiro de comerciantes.

A informação foi dada pela Polícia Civil durante coletiva de imprensa após a operação contra o bando de Ecko realizada nesta quinta-feira. Os PMs não eram alvos da ação de hoje, batizada de Operação Volante,  que foi vazada após a divulgação do mandado de prisão de integrantes do grupo.

A coletiva de imprensa com representantes da Polícia Civil - Severino Silva / Agência O Dia

A operação pretendia cumprir 20 mandados de prisão, 10 deles contra pessoas já presas. No entanto, o vazamento fez que o saldo da ação nas ruas terminasse somente com uma nova prisão. Márcio Gomes da Silva, o Pará, foi o único preso. Além disso, foram apreendidos R$ 125 mil em espécie na casa de Zinho, no Recreio dos Bandeirantes, e sequestrados bens do bando que chegam a R$ 5 milhões.

De acordo com o subsecretário operacional da Polícia Civil, Fábio Barucke, o vazamento da operação não prejudicou o trabalho desta quinta. O objetivo principal agora é desarticular o braço financeiro da quadrilha. 

"O Zinho tem um status grande na quadrilha. Ele lavava dinheiro na empresa de extração de saibro (a Macla Extração e Comércio de Saibro). Essa organização criminosa é sangrenta, usam do homicídio para impor o terror e enriquecer às custas da população. Agora, vamos aumentar o bloqueio dos bens desses milicianos. A ideia é a Justiça pode vender esses bens e repassar para a Polícia Civil para comprar equipamentos", disse o delegado.

Ecko e o irmão, Zinho - Divulgação / Polícia Civil

A chefe da Coordenadoria de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil, Patrícia Alemany, também minimizou o vazamento da ação e informou que muito material que ajudará na investigação foi apreendido. As casas que foram confiscadas ficam em Campo Grande, Recreio, Itaguaí e Seropédica.

"Conseguimos apreender muitos documentos que vão ajudar em futuras operações. As casas confiscadas eram de pessoas que não tinham rendas compatíveis com o valor dos imóveis. Elas variam de R$ 800 mil a R$ 1,5 milhão cada uma", explicou.

A mansão de Zinho no Recreio - Divulgação / Polícia Civil
A mansão de Zinho no Recreio - Divulgação / Polícia Civil
A mansão de Zinho no Recreio - Divulgação / Polícia Civil
A mansão de Zinho no Recreio - Divulgação / Polícia Civil
A mansão de Zinho no Recreio - Divulgação / Polícia Civil
Jóias apreendidas na casa de Zinho - Divulgação / Polícia Civil
Dinheiro encontrado na casa de Zinho, no Recreio - Divulgação / Polícia Civil

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