Ônibus foi incendiado na Penha, próximo a uma operação que a PM fazia na região - Luciano Belford / Agência O Dia
Ônibus foi incendiado na Penha, próximo a uma operação que a PM fazia na regiãoLuciano Belford / Agência O Dia
Por RAI AQUINO

Rio - Três homens ficaram feridos após um ônibus da linha intermunicipal Piabetá x Penha, da viação Machado, ser incendiado na Rua José Maurício, próximo à estação de trem na Penha, Zona Norte do Rio, na manhã desta terça-feira. Eles foram atendidos no Hospital Estadual Getúlio Vargas, no mesmo bairro.

Dois tiveram queimaduras sem gravidade, foram liberados e conduzidos algemados para a 22ª DP (Penha) em uma viatura do Batalhão de Choque da Polícia Militar. O terceiro segue em atendimento médico. A PM não informou se os três têm algum envolvimento com a origem do incêndio.

Em nota, a Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor) repudiou o ataque. "É mais um veículo com ar-condicionado que ficará fora de circulação por ações criminosas, que já destruíram 185 ônibus em todo o estado, desde 2016. Desses, 42% eram climatizados", diz um trecho da nota.

Ônibus é incendiado na Penha, nesta terça-feira. - Reprodução

Ainda não há a confirmação de que o ataque tenha acontecido em represália à operação da PM no Complexo da Penha, também nesta manhã. Até o momento, a ação dos militares deixou uma pessoa morta e outras quatro baleadas.

Confira a nota da Fetranspor na íntegra:

A Fetranspor repudia o segundo ataque criminoso a ônibus em menos de uma semana na Zona Norte do Rio. Desta vez, um ônibus da Transportes Machado, que fazia a linha Piabetá x Penha, foi incendiado nesta manhã (19), na Rua José Maurício, próximo à estação de trem na Penha.

É mais um veículo com ar-condicionado que ficará fora de circulação por ações criminosas, que já destruíram 185 ônibus em todo o Estado, desde 2016. Desses, 42% eram climatizados.

Desde 2016, 185 ônibus foram atacados de forma criminosa em território fluminense. Apenas seis foram recuperados. O custo de reposição é de R$ 80,5 milhões. A população é a mais prejudicada com a redução da oferta de transportes. Um ônibus incendiado deixa de transportar cerca de 70 mil passageiros em seis meses, tempo necessário para a reposição de um veículo no sistema. Se somarmos a frota incendiada desde 2016 (185), potencialmente, deixaram de ser transportados mais de 10 milhões de passageiros nesses veículos.

É importante lembrar que a inexistência de seguro para este tipo de sinistro e a crise econômica do setor, que tem feito as empresas perderem gradativamente a capacidade de investimento em renovação da frota, tornam inviável a reposição de ônibus incendiados.

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