O vendedor de empanadas, o argentino Jorge Terille, reclama da redução do movimento nas areias -  Estefan Radovicz / Agência O Dia
O vendedor de empanadas, o argentino Jorge Terille, reclama da redução do movimento nas areias Estefan Radovicz / Agência O Dia
Por O Dia

Rio - Com o fim do Carnaval, que terminou oficialmente no último domingo, começou, enfim, o ano de 2019. Para o bem ou para o mal, a cidade finalmente voltou à rotina. Muitos cariocas que foram curtir a folia fora desembarcaram ontem no município, movimentando a Rodoviária Novo Rio e os aeroportos Santos Dumont e Galeão. Junto com a volta às aulas, trânsito foi o principal vilão.

Para a estudante Gisele Brandão de Albuquerque, de 19 anos, que preferiu curtir o Carnaval em Minas Gerais, a cidade e os moradores já estão se readaptando, voltando à rotina. E, segundo ela, como de costume, o trânsito ontem estava caótico. "O trânsito já está um caos como sempre. Na estrada também, a viagem que eu teria feito em cinco horas e meia, acabou se tornando uma jornada de oito horas", reclamou.

A enfermeira Élida Assunção, que passou os dias de folia com a família em Porto Seguro, na Bahia, também criticou o trânsito carioca. Ela disse que, ao chegar à rodoviária, notou que o Rio voltou ao seu estado habitual. "O trânsito está pesado. Ficamos muito tempo no engarrafamento. Já está tudo normal, como sempre", destacou.

Taxista há 15 anos, Márcia Bezerra de Araújo, de 39 anos, conta que, para ela, todos os anos são bem parecidos no período pós-Carnaval. "Já estou acostumada. A cidade está voltando ao normal, o trânsito, as pessoas voltando para suas casas, as crianças para a escola. Hoje, o pessoal ainda está 'caindo' na realidade. Amanhã já fica normal", pondera.

Para o vendedor de empanadas argentino, Jorge Terille, que trabalha há pouco mais de um mês como ambulante nas praias do Rio, as vendas sofreram uma grande queda desde o fim do Carnaval, no domingo. "Já sinto a diferença. Ainda tem muito turista argentino, gaúcho, paulista. Mas não tem gente como tinha na orla e na rua", reparou.

MELHOR ÉPOCA

Mas há também quem ache que o Rio fica muito melhor depois que passa o Carnaval. Para Severo Nunes, que há 40 anos é dono de uma barraca de bebidas próxima ao Posto 6 da Praia de Copacabana, na Zona Sul, a melhor época do ano para vender é somente depois do Carnaval. "Depois que acabou foi ótimo. Para mim está sendo melhor que o Carnaval. Ainda tem muito turista", ressalta.

O barraqueiro confessa não gostar da época do Carnaval devido à "bagunça generalizada". "Os clientes não ficam na praia. Ficam uma hora e vão embora porque têm que ir para o bloco, para o desfile das escolas de samba. A praia enche e esvazia muito rápido. Período bom é agora", vibra.

 

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