Rio de Janeiro - RJ  - 04/04/2019 - Feminicidio - Cristiane Marins, 38 anos, foi vitima de feminicidio, morta pelo proprio companheiro. O sepultamento no cemiterioda Taquara, em Duque de Caxias, baixada fluminense -  foto: Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia - Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Rio de Janeiro - RJ - 04/04/2019 - Feminicidio - Cristiane Marins, 38 anos, foi vitima de feminicidio, morta pelo proprio companheiro. O sepultamento no cemiterioda Taquara, em Duque de Caxias, baixada fluminense - foto: Reginaldo Pimenta / Agencia O DiaReginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Por Antonio Augusto Puga

Rio - Foi enterrado na manhã desta quinta-feira, no Cemitério da Taquara, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, o corpo da vendedora de roupas Cristiane da Silva Marins, assassinada na terça-feira, pelo companheiro Alexandre França dos Santos. Ele foi preso no mesmo dia, confessou o crime e vai responder por feminicídio. Alexandre já respondia a dois crimes: furto e homicídio.

Cristiane e Alexandre se conheceram pela internet quando ele ainda estava preso. O casal morava juntos há um ano. A família foi informada por colegas de trabalho de Cristiane sobre o sumiço dela, que ficou dois dias sem aparecer no serviço. Parentes foram até a casa dela, após falarem com vizinhos, e a encontraram morta com sinais de estrangulamento.

Walquíria Silva Sousa chora a morte da irmã Cristiane vítima de feminicídio - Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia

Segundo ela, Cristiane não contava para a família os problemas que ela passava. "Ela não falava dos problemas dela. A gente perguntava se estava tudo bem ela respondia que sim", contou Wlaquíria. "As mulheres deviam prestar mais atenção a essas pessoas que chamam de esposo. Nunca se sabe quem está se levando para casa. Esta aí o resultado do que aconteceu com minha irmã", lamentou ela.

"Eles estiveram lá em casa uma vez apenas, em dezembro, e eu não gostei dele porque ele não olhava nos nossos olhos, olhava para o lado, e falava muito pouco", lembrou, chorando muito, Walkíria Silva de Souza, irmã de Cristiane.  

Irmão da vítima, Marcelo Marins revelou que chegou a arrumar emprego para Alexandre. "Cheguei a arrumar alguns empregos para ele, alguns biscates para ele fazer", contou Marcelo contando que o assassino era uma pessoa quieta. "Ele não era muito de falar, não. Ficava sempre de cabeça baixa, sempre concordando com tudo que se falava", disse ele.

Marcelo contou que os cartões de crédito de Cristiane sumiram. "Minhas irmãs procuraram os cartões de crédito e disseram que sumiram", afirmou ele, lamentando a morte de Cristiane. "Para mim vai ser muito difícil ficar sem ela. Era a irmã mais próxima, que morava perto de mim", falou.

Madrinha da vítima, Márcia Marins, de 56 anos, disse que a afilhada tinha planos para o casal. "Ela estava pensando em levá-lo (Alexandre) para a igreja. Só os vi uma vez", disse ela. "Ele está preso, e espero que a justiça seja feita", contou Márcia. 

 

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