Rio - Os pedidos feitos por dois vereadores da oposição, solicitando o afastamento do vereador Paulo Messina (Pros) da comissão processante do impeachment do prefeito Marcelo Crivella (PRB) foram indeferidos pelo presidente da Câmara Municipal, o vereador Jorge Felippe (MDB), nesta quinta-feira (4). Messina era secretário da Casa Civil de Crivella até segunda-feira (1º), véspera da votação para abertura de processo de cassação do gestor. Na ocasião, deixou o cargo no Executivo e voltou à Câmara para tentar recompor a base do governo e livrar Crivella da cassação.
Jorge Felippe acompanhou parecer da Procuradoria da Câmara e, em documento, explicou que o único motivo para que um vereador não participasse da comissão processante seria se ele fosse o próprio denunciante, o que não se aplica. A denúncia contra Crivella foi feita por um fiscal da Secretaria Municipal de Fazenda.
O processo de abertura de impeachment foi aprovado por votação expressiva na Câmara, com 35 votos a 14, na última terça-feira (2). Em seguida à aprovação, houve sorteio de três nomes para integrar a comissão processante que vai avaliar a denúncia feita pelo fiscal Fernando Lyra Reis sobre suposto crime de responsabilidade. Crivella deu sorte. Dois dos três sorteados haviam votado a favor dele e contra a abertura do processo de cassação. Os escolhidos foram Paulo Messina (Pros), Willian Coelho (MDB) e Luiz Carlos Ramos (Podemos).
Logo após o sorteio, o vereador Reimont (PT) não perdeu tempo. Questionou a participação de Messina no grupo e foi acompanhado pela colega Tereza Bergher (PSDB). Ambos alegaram que, se Messina participava do governo Crivella como secretário da Casa Civil, não tinha imparcialidade para participar do processo.