"A alegação dele não encontra suporte nos fatos levantados até agora, os indícios são fortes. Duas testemunhas, entre elas a própria mãe do acusado, afirmam que houve agressões e que ele teria saído de moto sozinho. Agora, o laudo de exame do corpo de delito aponta que a vítima apresentava um "galo" na cabeça, uma lesão provocada 'por ação contundente' de cinco centímetros. Bate com o depoimento da ex-mulher, que disse que foi agredida com socos na cabeça", disse o delegado André Luiz Pinto Lourenço, titular da 108ª DP (Três Rios).
Cowboy prestou depoimento na 108ª DP (Três Rios) na tarde desta segunda-feira, dois dias após as agressões e de ter fugido com o filho de seis meses em uma moto. A criança foi encontrada na propriedade dele com um familiar, sem ferimentos. Os depoimentos apontam que ele estaria embriagado.
Após falar com a polícia, ele foi liberado e vai responder por lesão corporal, injúria, ameaça e exposição de vida ou perigo para saúde de outrem, em relação à criança, no âmbito da Lei Maria da Penha. Se condenado a pena máxima, pode pegar cinco anos de prisão.
"Ele negou tanto as agressões verbais quanto as físicas. Disse que houve um desentendimento porque a ex-mulher não queria que ele levasse a criança para a propriedade dele. Segundo ele, ela afirmou que ele levava mulheres para esse local. Houve a discussão, ele tomou a criança do colo dela, mas nega agressão", contou o delegado.
O delegado afirmou que a prisão de Cowboy não foi pedida porque ele não tem histórico de violência contra a mulher, possui residência fixa e não há relatos de que a vítima esteja sendo ameaçada. No dia da agressão, o lutador não foi encontrado, o que impossibilitou a prisão em flagrante.
A mãe do lutador, que prestou depoimento e confirmou que o filho agrediu a ex-mulher, é esperada para prestar um novo depoimento nesta terça-feira. Mesmo que mude a versão, a queixa não será retirada porque o crime foi constatado pelos depoimentos e pelo exame de corpo de delito.