Deputada Alana Passos (PSL) - Divulgação
Deputada Alana Passos (PSL)Divulgação
Por Maria Luisa de Melo
O polêmico projeto de resolução 111/ 2019, que visa a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar supostas irregularidades nas três universidades estaduais do Rio - Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), Uenf (Universidade Estadual do Norte Fluminense) e Uezo (Centro Universitário estadual da Zona Oeste) lotou as galerias e o plenário da Alerj nesta quinta-feira (30).
Correligionários do autor do projeto, o deputado Alexandre Knoploch (PSL), foram chamados de "milicianos", enquanto discursavam. Em suas falas, atacaram a reserva de vagas para alunos da rede pública, da qual as universidades estaduais são pioneiras.
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A deputada Alana Passos (PSL) usou seu exemplo pessoal para minimizar a importância da reserva de vagas. Disse que é filha de negro, nascida na Baixada Fluminense e passou em concurso público para o Exército Brasileiro. 
"Qual é a cota que eu tenho direito?", questionou em direção às duas galerias onde estavam alunos das universidades estaduais. Ao ser vaiada, disparou: "Vão estudar, vocês são um bando de idiotas inúteis". 
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Opositores do projeto acusam o PSL, de Jair Bolsonaro, de tentar destruir as universidades públicas estaduais. 
O deputado Waldeck Carneiro (PT) discursou contrariamente ao projeto e exaltou a importância das três instituições de ensino público superior para o desenvolvimento científico do estado.
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"O projeto de resolução é claramente inconstitucional e gravoso para o regimento da Casa. Não há nenhum fato específico mencionado nele. Fala de irregularidades de forma leviana. Porque o correto seria apurar fatos, se houvesse. Mas não tem um fato específico, determinado. Já parte do pressuposto de que existem irregularidades. É uma proposta de CPI claramente equivocada". 
A deputada Enfermeira Rejane (PC do B) discursou no mesmo sentido. "Precisamos ganhar as ruas. É necessário que a população se manifeste que não está satisfeita com a política econômica desse estado. Precisamos nos manifestar contrariamente. Vamos ganhar essa luta, porque a luta é por uma universidade que garante aos seus cidadãos uma educação de qualidade".
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O projeto de resolução, para a criação da CPI, recebeu 31 emendas e será votado na próxima quarta-feira (5). Caso aprovado, a Comissão será criada e