Plen - Divulga
PlenDivulga
Por Maria Luisa de Melo
Polêmica, acusações e muita manifestação nas galerias da Assembleia Legislativa do Rio marcaram, ontem, a discussão sobre o projeto de resolução 111/ 2019, que visa a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar supostas irregularidades nas finanças das universidades estaduais do Rio. Pelo texto, os alvos seriam a Universidade do Estado do Rio de Janeiro(Uerj), a Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) e a Centro Universitário estadual da Zona Oeste (Uezo).
Autor do projeto, o deputado Alexandre Knoploch (PSL) e seus correligionários alegam que há falta de transparência nas finanças das instituições.
Publicidade
"Existem graves indícios de má administração do erário público. A Uerj está burlando o artigo 8 do acordo do regime de recuperação fiscal. O artigo diz que (o estado) não pode ter gastos a mais com pessoas. Mas, sistematicamente, a Uerj tem aumentado auxílios".
A acusação foi imediatamente rechaçada pelo deputado Luiz Paulo (PSDB), que acusa o grupo de Knoploch de ter o interesse de reduzir ainda mais os recursos destinados às universidades. "É uma luta política para justificar o corte de verbas".
Publicidade
Um dos discursos mais polêmicos foi o de Alana Passos (PSL). Ela criticou as cotas raciais, ação afirmativa da qual a Uerj é pioneira. Disse que é filha de mãe negra, nascida na Baixada e passou em concurso público para o Exército, sem precisar de cotas. Ao ser vaiada, disparou: "Vão estudar, vocês são um bando de idiotas inúteis", na direção das galerias destinadas aos estudantes.
O deputado Waldeck Carneiro (PT) discursou contrariamente ao projeto. "É claramente inconstitucional e gravoso para o regimento da Casa. Fala de irregularidades de forma leviana. O correto seria apurar fatos, se houvesse. Mas não tem um fato específico, determinado. Já parte do pressuposto de que existem irregularidades".
Publicidade
Após receber 31 emendas, a proposta será votada na próxima quarta (5).