Terreiro destruído em Nova Iguaçu, cidade que mais registras casos de agressões por conta da intolerância religiosa no estado - Divulgação / Arquivo
Terreiro destruído em Nova Iguaçu, cidade que mais registras casos de agressões por conta da intolerância religiosa no estadoDivulgação / Arquivo
Por O Dia
Rio - O Ministério Público Federal (MPF), por meio do procurador da República Julio José Araujo Junior, se reuniu nessa sexta-feira com o governador do Estado Wilson Witzel para pedir providências no combate à violência nos casos de intolerância religiosa contra comunidades de matriz africana na Baixada Fluminense. Entre os encaminhamentos da reunião, definiu-se a realização de um encontro com as lideranças religiosas do povo de santo e a adoção de medidas de reparação e responsabilização pelo governo em relação aos episódios já ocorridos.

O procurador relatou informações contidas no inquérito que tramita na Procuradoria da República em São João de Meriti e mencionou as medidas que o MPF vem adotando para não só promover a liberdade religiosa e a valorização das comunidades de matriz africana, mas também assegurar a segurança e o respeito à vida de seus integrantes. Destacou que o governo do Estado precisa oferecer respostas para garantir tranquilidade aos grupos, uma vez que há um cenário de muita preocupação e intranquilidade.

Também esteve presente na reunião o Babalawô Ivanir dos Santos, interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR), representação civil no tema. Ele destacou o histórico de ódio religioso e ressaltou a necessidade de que o Estado ouça os representantes das comunidades, de forma a mostrar sua presença e indicar a realização de medidas.