A deputada federal Flordelis é acusada de ser a mandante na morte do marido - Estefan Radovicz / Agência O Dia
A deputada federal Flordelis é acusada de ser a mandante na morte do maridoEstefan Radovicz / Agência O Dia
Por Bruna Fantti
Rio - A deputada federal Flordelis prestou depoimento por mais de nove horas, nesta segunda-feira, na Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI), que investigado o assassinado do marido da parlamentar, o pastor Anderson do Carmo. 
O depoimento começou às 13h e terminou 22h15. Segundo a defesa, Flordelis foi ouvida na condição de testemunha. "A deputada está muito abalada, se emociona durante o depoimento, para e volta a falar", disse durante o dia uma defensora.
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Advogados de filhos de Flordelis querem transferência para prisão
Os advogados dos dois filhos investigados da deputada federal Flordelis (PSD) afirmaram, nesta segunda-feira, que irão pedir a transferência dos presos para o sistema penitenciário. Flávio dos Santos e Lucas Santos são suspeitos da morte do pastor Anderson Carmo, marido da parlamentar.
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De acordo com Maurício Mayr, advogado de Flávio, as condições na delegacia são insalubres. "Meu cliente está sem tomar banho há quase uma semana, almoça e só tem outra refeição às 18h", disse. Segundo Mayr, ele ainda não teve acesso aos autos e não soube afirmar se o seu cliente realmente confessou ter realizado os disparos. "Muito foi veiculado e não sabemos se é verdade. Só com os autos poderei saber", explicou.
Já o advogado Anderson Rollemberg, um dos defensores de Flávio dos Santos, afirma que seu cliente nega ter dito à polícia que confessou ter atirado no pastor Anderson do Carmo, no último domingo. "Ele nega que tenha realizado um segundo depoimento no qual tenha feito alguma confissão. Se existir algum depoimento, seja por escrito ou em vídeo, iremos sustentar que é inidôneo. E pergunto: em que condições foi realizada essa confissão, se ela realmente existiu?", disse.
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De acordo com a chefe da investigação, delegada Barbara Lomba, Flávio confessou que comprou a arma dois dias antes do crime e que fez sozinho os disparo que vitimou seu padrasto. A confissão surgiu após a polícia encontrar uma pistola 9mm em seu quarto, na terça-feira. Os investigadores realizaram uma perícia primária na própria delegacia e afirmaram que tudo indicava ser aquela a arma utilizada no crime. A Polícia Civil ainda não se posicionou a respeito da declaração do advogado.