Defensoria quer negociar acordo de indenização para jovens abusados no Maracanã - Divulgação
Defensoria quer negociar acordo de indenização para jovens abusados no MaracanãDivulgação
Por O Dia
Rio - A Defensoria Pública do Rio (DPRJ) e a SuperVia começaram a negociar um acordo de indenização para a família dos jovens abusados sexualmente por policiais e funcionários da concessionária na estação de trem do Maracanã, no último domingo. Representantes e familiares se reuniram na tarde desta sexta-feira, na sede da DPRJ, no Centro do Rio. Inicialmente, a concessionária demonstrou interesse em fechar o acordo por danos morais.

O defensor público-geral do Estado Rodrigo Pacheco explicou que a reparação financeira não apagará o trauma vivido pelos jovens, mas permitirá o mínimo para que sigam com suas vidas. " Defensoria Pública recebeu os familiares dos jovens, que foram barbaramente torturados e estuprados em uma estação ferroviária, para manifestar solidariedade, repudiar esse ato abjeto e colocar a Defensoria Pública à disposição para atuar em várias frentes", disse.
Famílias abaladas

De acordo com as mães dos jovens, tanto a vida delas quanto a dos filhos não são mais as mesmas. Os jovens, segundo contaram, estão deprimidos e com medo de sofrerem retaliação.

Meu filho chegou em casa fedendo a mijo, mas só disse que tinha apanhado. Soubemos o que aconteceu quando o vídeo começou a circular. Me senti sem chão. Estou pensando até em mudar de estado”, afirmou a mãe do adolescente de 17 anos.

Desde segunda-feira para cá, estou muito para baixo. Estou à base de remédio. Meu filho mais velho quem me enviou o vídeo. Não consegui ver tudo. O chão se abriu na hora, completou a mãe do jovem de 18 anos, que só ficou sabendo do abuso por meio das redes sociais.

As famílias foram recebidas pela chefe de gabinete, Carolina Anástacio; o ouvidor-geral da DPRJ, Pedro Strozenberg; o coordenador e a subcoordenadora da Coordenadoria de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cdedica), Rodrigo Azambuja e Beatriz Cunha; e as defensoras do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos, Mariana Castro e Carla Lima.