“É a primeira vez que a gente vem. Nós vimos que ia ter um evento grátis e aí muita gente que não tem acesso pôde vir conhecer o teatro. A gente nunca entrou. Vai tentar entrar hoje. A gente nunca veio porque são eventos caros”, disse a técnica em alimentos Andreza Barros. Ela mora no bairro do Estácio e veio com a mãe, Regina Silva. “Eu também não conhecia o teatro. Minha expectativa é entrar no prédio, que é muito bonito”.
Atrair a presença popular é uma das metas do diretor artístico do Theatro Municipal e diretor da ópera, André Heller, que trabalhou dez anos na Europa, participando de inúmeros projetos artísticos em Londres, na Inglaterra, e Lisboa, em Portugal.
“Cada programação que nós fazemos, a R$ 10, seja clássica ou contemporânea, são cheias. O teatro está no coração de todos os cariocas. O que estamos fazendo é mostrar esse acesso. O Theatro Municipal existe há 110 anos. Quem quer fazer dele algo elitista é uma parcela que se acha melhor. A nossa vocação é fazer algo que nenhum outro teatro neste estado pode, que é ópera, ballet, concerto. As pessoas têm que vir mais ao teatro, a gente está querendo virar o jogo. E isto é o importante”, disse Heller.
“O pior já passou. Nós estamos em recuperação. A programação está garantida para este segundo semestre e todo 2020, já com patrocínios e o próprio governo do estado garantindo tando nossa manutenção quanto a programação. Então não temos o que temer. Problemas sempre teremos, mas a situação atual é de restauração. Trabalhamos com financiamentos privados, resultados da bilheteria, das vendas dos nosso produtos e de patrocínios”, disse Mussi, que garantiu a permanência tanto de grandes apresentações internacionais, a preços mais elevados, quanto espetáculos a preços populares, a R$ 1.