O governador Wilson Witzel vistoria as armas do paiol do tráfico apreendido no Complexo da Maré - Cléber Mendes
O governador Wilson Witzel vistoria as armas do paiol do tráfico apreendido no Complexo da MaréCléber Mendes
Por Rachel Siston*
Rio - O governador do Rio, Wilson Witzel, disse na manhã desta segunda-feira que se fosse policial militar teria atirado na cabeça de um morador de rua que matou dois homens a facadas durante um surto na manhã de domingo na Lagoa, Zona Sul do Rio. Policiais tentaram conter o homem com armas não letais, que não surtiram efeito, e em seguida ele foi baleado na perna.
"Se eu tivesse no lugar do policial, teria dado um tiro na cabeça dele. Mas, o policial foi melhor do que eu imaginava. Ele atirou para neutralizar e tentar recuperar aquela pessoa. Parabéns à Polícia Militar", disse durante coletiva de imprensa na Secretaria de Estado de Educação, em Santo Cristo, Região Central do Rio. 
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O governador classificou a ação da polícia na ocorrência como 'muito profissional' e disse que os militares procuraram evitar ao máximo o número de vítimas. "Nós temos que preservar a vida do agressor também. Para isso que a polícia é treinada. Eventualmente, qualquer tipo de equívoco que aconteceu naquela ação, nós vamos corrigir para evitar que outras como essa aconteçam", disse.
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Além das duas vítimas mortas, cinco pessoas ficaram feridas durante a ação. A namorada de João Napoli, Caroline Moutinho, que estava no banco do carona, ficou ferida nas mãos e no quadril. Uma técnica de enfermagem dos Bombeiros, Girlane Sena, foi baleada na perna e um médico da corporação, Fábio Raia, atingido por estilhaços. Um PM, que não teve a identidade divulgada, também foi baleado, além do morador de rua Plácido Correa de Moura, 44 anos, atingido na perna.
Witzel acrescentou que a ação militar será avaliada e que está sujeita a erros. Ele comentou sobre a arma de choque não ter surtido efeito sobre o suspeito. "Veja que os policiais primeiro atiraram com o taser, para tentar imobilizar. Eu já vi policial americano também ter a inefetividade do uso de mais de um taser. O taser é para não matar, se você dá um tiro e aumenta muito a voltagem, o risco de parada cardíaca é grande, então, o policial não tem com usar a voltagem muito elevada", disse.
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"Vamos avaliar o problema do taser. Foi utilizada a arma de fogo e evidentemente que numa situação como aquela, envolvendo várias pessoas ali na localidade, o uso de arma de fogo não é recomendável. Naquele momento foi utilizado", acrescentou. 
Preso tinha passagem por ataque a faca
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O morador de rua Plácido Correa de Moura, 44 anos, já tinha uma passagem pela polícia por outro ataque com faca, ocorrido em janeiro de 2016. Segundo informações, ele atacou seguranças de um prédio da TV Globo, localizado no Jardim Botânico.
Além desta ocorrência, Plácido, que está internado sob custódia no Hospital Miguel Couto, tem outros três registros contra ele, um por agressão e outros dois por desacato e resistência. Em outubro de 2017, o morador de rua atacou a tijoladas um homem que passava pela Praça Marcos Tamoyo, no mesmo trecho onde aconteceu o ataque deste domingo.
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Em fevereiro do ano passado, ele foi detido por desacato e resistência após ser abordado por policiais, também no mesmo local. O outro episódio contra agentes de segurança pública ocorreu em outubro de 2018 e foi enviado ao Juizado Especial Criminal, mas o processo está em processo de arquivamento, há que o morador de rua nunca foi encontrado.
O ataque com faca causou a morte do engenheiro João Carvalho Napoli, de 35 anos, que estava em um carro acompanhado da sua namorada, a bióloga Caroline Azevedo Moutinho, 29, também ferida. O educador físico Marcelo Henrique Correa Reais, de 39 anos, que foi ajudar o casal acabou sendo atacado e morto. No momento, já havia PMs de três batalhões no local.
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* Estagiária sob supervisão da chefe de reportagem Maria Inez Magalhães