Torcedores vandalizaram trens da SuperVia após jogo do Flamengo contra o Emelec na quarta-feira - Divulgação
Torcedores vandalizaram trens da SuperVia após jogo do Flamengo contra o Emelec na quarta-feiraDivulgação
Por Waleska Borges
Rio - Cinco trens extras, disponibilizados pela SuperVia para a volta de torcedores após jogo da Libertadores da América, na quarta-feira, foram alvos de vandalismo. Eles tiveram janelas e chapas internas arrancadas ou quebradas. Na mesma noite, dois ônibus foram incendiados na Zona Norte.
Atos de vandalismo no Rio e cidades da Região Metropolitana já geraram prejuízos de R$ 18,6 milhões, quando somados os casos registrados por entidades públicas e concessionárias de serviços.
Publicidade
De janeiro a junho deste ano, a SuperVia, que opera o serviço de trens, registrou 47 furtos de cabos, nos quais foram extraídos 3.132 metros de fios de cobre. Um prejuízo de R$ 2,7 milhões para a empresa. Os pontos mais críticos foram nas proximidades das estações Triagem, Madureira, São Cristóvão e Corte Oito.
“Mais do que o prejuízo financeiro, nossa preocupação é com os transtornos gerados no ir e vir dos nossos milhares de passageiros”, disse João Gouveia, diretor de operações da SuperVia.
Publicidade
Já a Fetranspor contabiliza 194 ônibus incendiados por ataques criminosos desde 2016 no Estado do Rio. Destes, apenas sete veículos foram recuperados e retornaram à operação. Segundo a entidade, um ônibus é incendiado a cada sete dias.
Em 2019, 11 ônibus foram incendiados no estado, sendo seis no Rio. O custo de reposição, neste ano, é de R$ 4,5 milhões. “Os passageiros são os mais prejudicados com os ataques, já que o tempo médio para reposição de um ônibus é de seis meses”, explicou Guilherme Wilson, gerente de planejamento e controle da Fetranspor.
Publicidade
Furto de cabo
O MetrôRio informou que, entre janeiro e junho de 2019, foram registrados 21 furtos de cabos em suas vias. No mesmo período de 2018, foram 13 registros em delegacia. Os gastos com reposição destes equipamentos neste ano foram de cerca de R$ 74 mil. Já CCR Barcas e VLT Carioca informaram que o vandalismo traz pouco impacto às operações.
Publicidade
Na primeira, o prejuízo foi de cerca de R$ 48 mil no primeiro semestre deste ano. Na segunda, na Linha 3, por conta de estar parada aguardando autorização de operação, a concessionária teve casos de furtos de cabos e controladores de sinalização semafórica, com dano acumulado de R$ 80 mil. Já o prejuízo estimado pelo BRT com vandalismo e mau uso das estações e terminais é bem maior — cerca de R$ 1, 4 milhão por mês.
Além dos meios de transportes, órgãos municipais contabilizam prejuízos. A CET-RIO informou que, em virtude de vandalismo e furto de placas e sinais, acumula perda de R$ 2 milhões por ano.
Publicidade
Na Secretaria Municipal de Conservação e Meio Ambiente, o valor gasto devido a vandalismo ou furto em 2018 e 2019 está contabilizado em R$ 621 mil. Pela Rioluz, entre os anos de 2017 e 2018, foram registrados 21.435 metros de cabos furtados e vandalizados na rede de iluminação pública da cidade, gerando
prejuízo de R$ 91 mil.