Willian Augusto da Silva manteve reféns dentro de um ônibus da viação Galo Branco por cerca de 3h30 - Ricardo Cassiano / Agência O Dia
Willian Augusto da Silva manteve reféns dentro de um ônibus da viação Galo Branco por cerca de 3h30Ricardo Cassiano / Agência O Dia
Por O Dia
Rio - Os tiros que mataram Willian Augusto da Silva foram no abdômen e no tórax, indicou o laudo da necropsia. A informação foi divulgada pelo canal de TV por assinatura GloboNews. O sequestrador foi morto por atiradores de elite da Polícia Militar, após tentativa de negociação. Ele fez 39 pessoas reféns durante três horas e meia na terça-feira. 
Segundo o laudo do Instituto Médico Legal, a morte foi causada por dois dos seis tiros de fuzil que atingiram o corpo: "ferimentos transfixantes" no tórax e abdômen, que ocasionaram hemorragia interna, disse a TV.
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O corpo de Willian apresentava oito perfurações, mas, dois ferimentos são referentes à saída e entrada de projéteis, aponta o laudo. O sequestrador de 20 anos também foi baleado no braço e antebraço esquerdos, na perna esquerda, que quebrou no momento do ferimento, e no tórax.
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Os militares da Unidade de Intervenção Tática foram os responsáveis pelo trabalho do Bope durante o sequestro. O grupo é composto por negociadores, atiradores de precisão (snipers) e pelo grupo de retomada e resgate.
O comandante da unidade, tenente-coronel Maurílio Nunes, revelou que Willian ameaçou se jogar da Ponte junto com um refém durante a ação criminosa. O militar também disse que o sequestrador era confuso na negociação. “Uma hora ele queria dinheiro, outra hora ele pedia um carro para fugir. Uma hora ele falou assim ‘qual é a altura daqui? Vou me jogar daqui com um refém’. Então, os pedidos não tinham uma linha estratégica, uma linha racional”, revelou o comandante.
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Willian Augusto da Silva anunciou o sequestro no ônibus da linha 2520 (Alcântara-Estácio), da Viação Galo Branco, na Ilha de Mocanguê, logo após subir a Ponte Rio-Niterói, às 5h25 da manhã. Na altura do vão central, ele mandou o motorista parar o ônibus e ameaçou incendiar o veículo, pendurando garrafas com gasolina no veículo e caminhando com um isqueiro. Willian também levou lacres para prender os punhos dos passageiros.
Os agentes identificaram contatos suspeitos do sequestrador na internet e já investigam se ele planejou o ataque auxiliado por instruções de redes sociais e da deep web (o submundo da internet).