Léo Motta fez uma palestra que contou com a participação de 50 moradores de rua - Divulgação
Léo Motta fez uma palestra que contou com a participação de 50 moradores de ruaDivulgação
Por Waleska Borges
Rio - O ex-morador de rua e ex-dependente químico, Léo Motta, de 38 anos, que transformou sua experiência vivendo nas ruas do Rio no livro “Há vida depois das marquises”, fará o lançamento do título amanhã, às 15h, na Bienal Internacional do Livro, no Riocentro. Na ocasião, Léo Motta fará uma palestra que terá a participação de 30 pessoas em situação de rua na cidade.
De acordo com o escritor, os moradores de rua serão levados à Bienal pela Unidade de Reinserção Social (URS) Rio Acolhedor. Cada um deles vai receber um roucher que poderá ser utilizado na compra de livros. Uma ex-professora de Léo Motta, da época da sua infância, quando ele estudou na Escola Municipal Carvalho Mourão, em Cordovil, vai participar do lançamento do livro.
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"Estou muito orgulhoso. Quero mostrar para os meus irmãos de rua que não é preciso morrer no final da história. Eu estive na mesma calçada que eles estão, mas existe um caminho para saída", disse Léo Motta.
No início do mês de agosto, o ex-morador de rua foi recebido no Palácio Guanabara pelo governador Wilson Witzel. Ele também participou de uma reunião com Cleiton de Souza Rodrigues, secretário de Governo e Relações Institucionais. A história de superação de Léo Motta foi relatada, no último dia 02 de agosto pelo Jornal O Dia. Na ocasião, ele e outros moradores de rua rechaçaram a internação forçada proposta por Witzel.