Justiça decide a favor da Bienal e impede Prefeitura de apreender livros
Segundo a decisão da Justiça, postura da Prefeitura de determinar a apreensão de quadrinho com conteúdo LGBT reflete 'ofensa à liberdade de expressão constitucionalmente assegurada'
Por O Dia
Rio - A Justiça do Rio decidiu, nesta sexta-feira, que a Prefeitura não pode recolher livros de conteúdo LGBT da Bienal.
Segundo a decisão do desembargador Heleno Ribeiro Pereira Nunes, a postura da Prefeitura reflete "ofensa à liberdade de expressão constitucionalmente assegurada" e, caso as autoridades ainda queiram apreender o material, elas devem "buscar a competente decisão judicial neste sentido".
A decisão reforça ainda que "o atual conceito de família, na ótica do STF, contempla vária formas de convivência humana".
Em nota, a organização da Bienal do Livro reforçou que dá voz a todos os públicos, "sem distinção, como uma democracia deve ser".
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Entre sexta e domingo, nos últimos dias do evento, a Bienal recebe autores, artistas, pensadores e acadêmicos do Brasil e exterior para participar de 39 painéis sobre os mais variados temas, como fake news, felicidade, ciências, maternidade, teatro, literatura trans, LGBTQA+ e muito mais.