Shanna Garcia chega à DH, na Barra, acompanhada pela advogada   - Reginaldo Pimenta
Shanna Garcia chega à DH, na Barra, acompanhada pela advogada Reginaldo Pimenta
Por Adriano Araujo e Thuany Dossares
Rio - A empresária Shanna Harrouche Garcia enfim compareceu à Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), nesta quinta-feira, para falar sobre o atentado que sofreu na semana passada. Em entrevista à imprensa na chegada à especializada, por volta de 11h35, a filha do bicheiro Waldomiro Paes Garcia, o Maninho, assassinado em 2004, disse se sentir ameaçada e apontou novamente o ex-cunhado como autor da tentativa de homicídio que sofreu. O motivo seria a partilha milionária da herança do pai contraventor.
"Eu tenho a desconfiança do meu ex-cunhado, por briga de família. Eu ando sozinha, sem segurança, ele já me ameaçou, até dei depoimento aqui. Temos milhões de inventários, a gente tem batido na tecla para prestar contas. Não só porque ele toma conta do jogo de bicho, mas de todos os bens legais que eu tenho no inventário. Só corro atrás disso porque tenho direito, meu pai que deixou. Então para ele eu sou uma ameaça", explicou.
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Shanna, que chegou acompanhada da advogada Daniela Dias, contou que desde o atentado, tem evitado sair de casa com medo de sofrer novos atentados. "Eu estou com medo de andar na rua, por tudo que aconteceu comigo, o atentado, a covardia. Hoje não estou saindo de casa, não estou dormindo em casa, não estou saindo para lugar nenhum. Só saí para ir ao Ministério Público e hoje para vir aqui", contou.
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A empresária falou que tinha dúvidas se devia ou não prestar depoimento na especializada por ter já prestado esclarecimentos ao Ministério Público do Rio (MPRJ). "Minha advogada veio e esclareceu que eles realmente querem me ouvir e marquei de novo e estou aqui", disse.
'Policiais comprados': 'Não quis generalizar', disse
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Shanna também falou sobre as declarações que deu ao jornal "Extra", de que "os policiais estavam comprados", ela disse que não quis generalizar, mas tinha passado por "situações" na DH quando prestou depoimentos em outras ocasiões.
"Em hora nenhuma quis generalizar. Tiveram dois casos meus que eu estive aqui na delegacia (DH) depondo e eu fui induzida. Cheguei aqui e o depoimento já estava pronto, tive que assinar, não levei cópia. Então eu falo que tem gente comprada por causa disso, entendeu? Não quis generalizar a DH, a polícia, até porque duas laranjas podres não quer dizer que todo mundo aqui é ruim. Mas é porque vivi essa situação aqui".