O deputado André Corrêa chegou a ficar preso preventivamente por um ano. Ele disse que vai reassumir o mandato ao longo da semana que vem - Estefan Radovicz / Agência O Dia
O deputado André Corrêa chegou a ficar preso preventivamente por um ano. Ele disse que vai reassumir o mandato ao longo da semana que vemEstefan Radovicz / Agência O Dia
Por Maria Luisa de Melo
Rio - Depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar que a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) decida se mantém a prisão dos deputados André Corrêa (DEM), Luiz Martins (PDT) e Marcus Vinicius Neskau (PTB), presos em novembro passado durante a operação Furna da Onça, advogados de alguns parlamentares tentam negociar com o Legislativo. De acordo com a decisão da ministra Carmen Lúcia, a Casa tem até 24 horas para decidir.

O prazo conta a partir da notificação por ofício, que foi entregue à Casa nesta quinta-feira. Assim, a Alerj convocará a Comissão de Constituição e Justiça, conforme prevê o regimento. Membros da CCJ serão os responsáveis por redigir um projeto de resolução que será levado ao plenário em sessão extraordinária, provavelmente no dia 22, com decisão por maioria absoluta dos membros da Alerj. Ou seja, são necessários pelo menos 36 votos para a decisão.

Apesar de a medida não ter sido provocada pelas defesas de Chiquinho da Mangueira (PSC) e Marcos
Abrahão (Avante), também presos pela Furna da Onça, os dois também podem ser beneficiados,como ressalta o advogado de Abrahão.

"Não entramos com o pedido, mas a decisão determina que Alerj ratifique ou não as prisões decretadas. A decisão foi única para todos", defendeu João Maia.
Mais de R$ 50 milhões em propinas
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Desdobramento da Lava Jato, a Furna da Onça mira um suposto esquema que teria movimentado R$ 54,5 milhões em propinas, entre 2011 e 2014, segundo mandato do governador Sérgio Cabral (MDB). Inicialmente, foram emitidos dez mandados de prisão. No entanto, parte dos parlamentares já cumpria prisão desde novembro de 2017 por conta da Operação Cadeia Velha.