Ainda na live, realizada em Riad, na Arábia Saudita, onde está em viagem oficial, Bolsonaro atacou o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC). O presidente acusou o antigo aliado de ter vazado o inquérito sobre Marielle, que "está em segredo de Justiça". Bolsonaro disse que Witzel quer "destruir" a sua família para "chegar à Presidência da República". "Por que essa sede pelo poder, senhor governador Witzel?", questionou.
Durante toda a transmissão, realizada durante a madrugada saudita, Bolsonaro mostrou-se bastante irritado, falou em tom exaltado e conteve o choro ao menos uma vez. Ele disse estar à disposição para falar com a polícia na investigação sobre a morte de Marielle. "Eu gostaria muito de falar neste processo, conversar com esse delegado", disse.
O presidente disse que estava na Câmara no dia em que o suspeito foi ao condomínio, informação também divulgada pela reportagem do JN.
Na live, o presidente disse ainda querer saber quem mandou matá-lo, em referência à facada da qual foi vítima durante a campanha presidencial, em Juiz de Fora (MG). O autor do atentado, Adélio Bispo, foi declarado inimputável pela Justiça.
Durante a transmissão, Bolsonaro afirmou que não irá "perseguir" a Globo no processo de renovação da concessão da TV, em 2022. No entanto, disse que o processo tem de "estar limpo". "Se não estiver limpo, legal, não tem renovação da concessão de vocês (Globo) e de TV nenhuma", disse.
Um pouco depois do fim da transmissão, Bolsonaro reiterou as declarações em entrevista ao Jornal da Record, da RecordTV.