Além disso, todas as sete perguntas feitas pelo MP para os peritos fazem referência à casa 65/66, de Ronnie Lessa, acusado de participar do crime junto com Queiroz. Os dois estão presos desde março de 2019. No ofício do MP, encaminhado na quarta à coordenadora de Segurança e Inteligência do MP do Rio, Elisa Fraga de Rego Monteiro, não há nenhuma questão sobre a casa 58 - como é presidente, Bolsonaro só pode ser investigado com autorização do Supremo Tribunal Federal.
Em entrevista ao Jornal Nacional na noite de quarta-feira, o procurador-geral da República, Augusto Aras, disse que, "provavelmente" no mesmo dia analisou e arquivou informações sobre a suspeita de que Bolsonaro autorizou a entrada de um suspeito de matar Marielle no condomínio onde tem uma casa.
O MP tem os áudios com as conversas entre a portaria e as casas pelo menos desde o dia 14 de outubro. Durante a entrevista coletiva de quarta, promotoras do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) disseram que os áudios da portaria mostram que a autorização para Queiroz entrar no condomínio foi dada por Lessa e afirmaram que não havia qualquer gravação da suposta conversa entre o porteiro e algum morador da casa 58.